segunda-feira, 1 de agosto de 2011


PF começa a ouvir suspeitos de safáris ilegais no Pantanal de MS

Fazendeira Beatriz Rondon e caçador 'Tonho da Onça' serão interrogados.
Suspeitos serão indiciados por crime ambiental entre outros delitos, diz PF.

Tatiane QueirozDo G1 MS
Nesta semana, a Polícia Federal (PF) começa a ouvir os suspeitos de participar e organizar safáris ilegais no Pantanal de Mato Grosso do Sul, onde a principal atração é a matança de onças. O delegado que investiga o caso, Alexandre do Nascimento, informou nesta segunda-feira (1º) ao G1 que serão interrogados a fazendeira Beatriz Rondon, o caçador Antônio Teodoro, conhecido como Tonho da Onça e um piloto de avião, entre outros suspeitos.

Na sexta-feira (29) a polícia cumpriu seis mandados de busca e apreensão em quatro cidades, sendo três em Mato Grosso do Sul e uma em Mato Grosso. Durante o cumprimento de um dos mandados no município de Aquidauana, distante 143 quilômetros de Campo Grande, Rondon foi presa por posse de armas, mas foi liberada no início da tarde após pagar fiança de R$ 27 mil.
De acordo com Nascimento, os mandados foram desdobramentos da Operação Jaguar 2, deflagrada em maio deste ano por conta de um vídeo que revelou em detalhes como era feita a matança de onças pintadas e pardas. À época, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) revelou que os safáris ilegais eram vendidos como um atração turística para estrangeiros que chegavam a pagar US$ 40 mil.
O advogado da fazendeira, René Siufi, diz que sua cliente nega as acusações de participação e promoção dos safáris ilegais. Á época, o caçador conhecido como Tonho da Onça afirmou que é inocente e que o vídeo é antigo e mostra imagens de 20 anos atrás.
As peles e chifres de animais, além de armas e munições aprendidas na operação foram encaminhadas para a perícia. O delegado informou que ainda não definiu se os interrogatórios serão realizados na sede da PF em Campo Grande, ou em Corumbá, onde está sendo feita a investigação.
Crimes
Ainda segundo Nascimento, o inquérito que investiga o caso deve ser finalizado em 30 dias. Os suspeitos devem ser indiciados por crime ambiental, formação de quadrilha, porte ilegal de arma de fogo e tráfico internacional de armas e munições.
FONTE. G1
 

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