terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Marisa Letícia tem melhora, mas seu estado é grave

A ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva, 66 anos, apresenta melhora progressiva dos parâmetros neurológicos, de acordo com a equipe médica responsável pelo tratamento. O boletim foi divulgado nesta terça-feira (31) pelo Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde ela está internada desde o último dia 24 

O boletim médico informa que a melhora no quadro clínico de Marisa foi observada por meio dos exames de tomografia de crânio, ultrassonografia doppler transcraniano e pressão intracraniana.
Em exames de rotina realizados na segunda-feira (30) a equipe médica do Sírio-Libanês detectou uma trombose venosa profunda dos membros inferiores da paciente. Os profissionais usaram um filtro de veia cava inferior com o objetivo de prevenir uma embolia.

Internação

A ex-primeira-dama deu entrada no hospital no dia 24 depois de sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral) hemorrágico. Ela chegou consciente à unidade e foi levada diretamente para a sala de cateterismo, onde os médicos estancaram a hemorragia.
Ainda no dia 24, por meio de sua página no Facebook , o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou que a esposa havia sido hospitalizada. "Estamos torcendo muito para que ela se recupere logo", disse. Ele também agradeceu os usuários da rede social por “todo carinho e pensamentos positivos. “Agora, é aguardar a recuperação com muita fé.”
O Sírio-Libanês informa que, logo após a internação, ela passou por um procedimento de embolização de aneurisma cerebral. Posteriormente, a paciente foi submetida à passagem de um cateter para monitorização intra-ventricular da pressão intracraniana.
O tratamento da ex-primeira-dama vem sendo acompanhado pelas equipes coordenadas pelos médicos Roberto Kalil Filho, Milberto Scaff, Marcos Stávale e José Guilherme Caldas.

Ato ecumênico

No fim da tarde de ontem, o diretório municipal do Partido dos Trabalhadores em São Paulo realizou uma cerimônia ecumênica pela recuperação de Marisa Letícia. Além de lideranças políticas, participaram do ato o padre Júlio Lancelotti, da Pastoral do Povo de Rua; o reverendo Jair Alves, representante da igreja Metodista; Eduardo Brasil, representante das religiões de matriz africana; e Mohamed Al Kadri, representante da comunidade muçulmana.

Eike Batista chega á PF para prestar depoimento


O empresário Eike Batista deixou no início da tarde desta terça-feira (31) a Penitenciária Bandeira
 Stampa, no complexo de Gericinó, Zona Oeste do Rio, em direção à Superintendência da Polícia
 Federal, na Praça Mauá, onde prestará depoimento sobre as acusações de pagamento de
 propina a políticos, reveladas pela Operação Eficiência. Imagens da Globonews mostraram
 o empresário de cabeça raspada e com uniforme do sistema prisional sendo levado para um
 carro da Polícia Federal. Ele chegou à PF às 14h45, aos gritos de ladrão de pessoas
 que estavam na porta da superintendência da corporação.
Pouco antes, o advogado de Eike, Fernando Martins, chegou à Superintendência da PF 
e disse a jornalistas que "a princípio não há possibilidade" do empresário fazer uma delação 

Enquanto Eike não chegava a Superintendência da PF, na Zona Portuária do Rio, curiosos 
aguardavam a chegada do empresário. Três deles, que se identificaram como 
artistas de rua, estavam fantasiados dos personagens Thor, Flash e Naruto.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Governo do Ceará nega repasse financeiro à Beija-Flor

Governo do Ceará divulgou comunicado nesta segunda-feira, 30, negando repasse financeiro à Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis. A polêmica surgiu depois do compartilhamento de fotos da camisa de ensaio da Beija-Flor, com a logo oficial do governo.

“A entidade solicitou ao Governo auxílio para que o projeto fosse apresentado à iniciativa privada, além de informações técnicas e históricas para a composição do enredo”, esclareceu.
De acordo com o Governo, foi dado “unicamente” apoio institucional à escola devido à “importância do evento para a divulgação da cultura e do turismo do Ceará”.
Na semana passada, o governador Camilo Santana (PT) vetou o uso de recursos públicos estaduais para financiar o Carnaval 2016, que deve acontecer somente em cidades onde há tradição. A suspensão da ajuda financeira foi justificada pela seca e crise financeira.

Enchente dos rios Juruá e Moa afeta oito mil famílias diretamente no Acre

A 17 centímetros de atingir a cota histórica registrada em 1995, o Rio Juruá marcou na manhã desta segunda-feira (30) 14,1 metros. O Rio Moa, que segue sem monitoramento, também transbordou e já desaloja famílias. De acordo com a Defesa Civil, são cerca de 8 mil famílias afetadas com a cheia dos dois rios na região do Vale do Juruá. Destas, 160 já foram retiradas de suas casas.
A maior cota registrada no Rio Juruá foi de 14,18 metros em 1995, os Bombeiros não descartam que esse média seja superada nesta semana. As famílias retiradas são, principalmente, dos bairros Cruzeirinho, Miritizal, Várzea e  Nari do Moa.

"Mais pessoas ainda devem ser retiradas, caso o rio continue enchendo. A operação continua reforçando embarcações, pessoal e caminhões", explica.
O prédio da Santa Casa em Cruzeiro do Sul, que está desativado devido a um problema com a Justiça, também deve ser usado como abrigo. "A Santa Casa deve receber 35 pessoas e mais abrigos estão sendo construídos. Vale informar que as pessoas que saíram por conta própria já podem procurar a Defesa Civil para fazer o cadastro e receber seus donativos", explica José Lima, coordenador da Defesa Civil Municipal.
Abrigo no Centro
Uma tenda foi montada no porto da cidade para atender as pessoas que tiveram que sair de casa. A ação é articulada pela Defesa Civil do município, Corpo de Bombeiros e o Exército. Nesta segunda, está sendo feito um cadastramento das pessoas para receberem donativos.

Dona Marisa continua em Coma

A Ex-primeira-dama Marisa Letícia, mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segue internada em coma induzido na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Sírio-Libanês, no Centro de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (30).

Ela foi internada no hospital que fica na região central de São Paulo após sofrer um acidente vascular cerebral hemorrágico na terça-feira (24).
Neste domingo, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, foi ao hospital visitar a ex-primeira-dama.

Com cabeça raspada, Eike Batista é transferido de presídio

O empresário Eike Batista deixou o presídio Ary Franco, na Zona Norte do Rio, por volta das 13h30 desta segunda-feira (30). Com a cabeça raspada e uniforme de detento, ele foi colocado dentro de uma viatura, carregando um travesseiro na mão, rumo ao Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste.


O empresário, que era considerado foragido e estava em Nova York, foi preso ao desembarcar no Galeão, pela manhã.
Segundo as primeiras informações, após a triagem no Ary Franco, foi decidido que o empresário ficará na Cadeia Pública Bandeira Stampa, conhecida como Bangu 9. O motivo seria a falta de segurança na penitenciária, segundo o Jornal Hoje.
Por não ter nível superior, Eike não pode ir para Bangu 8, mesmo presídio em que está o ex-governador Sérgio Cabral e outros presos durante as operações Calicute e Eficiência, desdobramentos da Lava Jato.
Segundo agentes do Serviço de Operação Especiais da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), que fizeram o transporte de Eike para Bangu, o Bandeira Stampa é uma cadeia em que não há domínio de facção criminosa. As celas são para até seis presos, que costumam trabalhar dentro das próprias unidades prisionais – por isso, ganharam o apelido de "faxina".
Eike ficou quase duas horas no Ary Franco. Ele foi preso por agentes da Polícia Federal às 10h. O empresário é suspeito dos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção ativa.
O empresário teve a prisão preventiva decretada depois que dois doleiros disseram que ele pagou propina de US$ 16,5 milhões a Sérgio Cabral, o equivalente a R$ 52 milhões. A prisão preventiva foi decretada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal, na operação Eficiência.

Resultado da transição será divulgado amanhã




Amanhã, dia 31 a equipe de transição do prefeito Edson Sá estará divulgando o resultado  do trabalho realizado desde o mês de outubro, quando foram nomeados os integrantes  para realizar um levantamento completo, cabal, sobre a realidade administrativa de Aquiraz deixada pela gestão anterior do ex- prefeito Guimarães, 2013 a 2016.

A Comissão formada por Jair Silva, assessor de assuntos políticos e institucionais, Gilliardo Sampaio, secretário de Meio ambiente e Lúcia Veras, secretária de Educação, divulgará  se há indícios ou não de desmonte e em quais aspectos o município sofreu prejuízo, se for o caso, bem como  quais as medidas administrativas que serão adotadas pela atual gestão, caso algum ente público tenha causado qualquer prejuízo ao erário publico municipal.


Aulas começam hoje em Aquiraz



 Os cerca de 14.500 alunos matriculados na rede municipal de ensino de Aquiraz voltam às aulas hoje, 30 de janeiro.


São 45 escolas, sob o comando da Secretária Lúcia Veras e sua equipe.



A recomendação do prefeito Sá é para melhorar a qualidade do ensino, estabelecer  capacitação para os servidores da educação, em especial para os professores, evitar a evasão escolar, fornecer merenda de qualidade e em quantidade suficiente e cobrar dos professores o empenho necessário  para que    a educação continue a avançar, a exemplo do que aconteceu em sua gestão anterior.

sábado, 28 de janeiro de 2017

Cunhado mata adolescente de 14 anos após briga por celular, diz polícia

A adolescente Jeniffer Santos do Carmo, de 14 anos, foi assassinada em Itaquaquecetuba após uma briga por causa de um celular, de acordo com informações passadas pelo delegado Eduardo Boigues neste sábado (28). De acordo com a polícia, o cunhado dela, de 22 anos, confessou o crime e foi preso. O assassinato foi na sexta-feira (27).


Jeniffer Santos do Carmo foi morta pelo cunhado em Itaquaquecetuba (Foto: Reprodução/Facebook
"Houve uma discussão por causa de um celular. O suspeito pegou o celular emprestado da vítima para falar com a mulher dele. Como estava demorando e ela queria dormir, ela pediu o celular de volta e começou a discussão", detalhou Boigues.
O rapaz ainda disse para a polícia que tinha usado drogas antes do crime. O suspeito vivia com a mulher na mesma casa que a vítima, que levou cinco facadas. A adolescente estava sozinha no imóvel com o suspeito no momento do crime. Os familiares que vivem na mesma casa estavam em Guarulhos.
De acordo com o delegado do Setor de Homicídios, aparentemente a vítima não tinha sinais de violência sexual. Mesmo assim, foi feita a coleta de material para exame. O laudo deve ficar pronto em 40 dias.
O suspeito está na Cadeia Pública de Mogi das Cruzes e será transferido quando abrir vaga no Centro de Detenção Provisória de Suzano, ainda segundo o delegado.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Período de Transição termina dia 30




A  Equipe de transição nomeada pelo prefeito Edson Sá para tomar pé das  ações, dos projetos e dos programas em andamento, visando dar continuidade a gestão púbica de Aquiraz, está trabalhando diuturnamente visando  finalizar  seus trabalhos, nesta sexta, sábado e domingo, já que o prazo da transição expira dia 30 e segundo a lei tudo deverá estar concluído ate esta data.

A equipe é composta por Lúcia Veras,secretária de Educação, Jair Silva, secretário de assuntos  políticos e institucionais e Gilliardo Sampaio, secretário de Meio Ambiente.
  
Com as informações completas sobre como está o município em todos os seus aspectos administrativos, Edson Sá começará a colocar em prática seu programa de governo para os próximos 3 anos  11 meses.
Segundo Jair Silva, o prefeito entende que  a troca de comando num município envolvendo prefeitos e vereadores não pode ser  causa ou o motivo da geração de prejuízos para os habitantes de uma cidade. Em tal sentido é que toda a Administração Pública de Edson Sá  estará  comprometida com a: continuidade administrativa; Eficiência; Impessoalidade e Moralidade nas decisões provenientes do Poder Público.
A Lei de responsabilidade  fiscal reza que qualquer irregularidade encontrada pela equipe de transição relacionada a gestão anterior, poderá implicar para os  entes responsáveis em várias penalidades, como: cassação de registro para o pleito eleitoral, suspensão imediata da conduta vedada, multa, ressarcimento do dano, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos por até 8  anos e proibição de contratar com o setor público ou receber incentivo ou benefício por 3 anos.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Maurício Matos assume Secretaria de Turismo de Aquiraz

Mais uma conquista e desafio  na trajetória do ainda Jovem, Maurício Matos Pereira: Estudante, Professor, Diretor de Escola Estadual, Vereador em 03 mandatos, Empresário e agora também Secretário Municipal.


Maurício disse em sua posse, "Mais um  desafio: assumimos a secretaria de turismo de Aquiraz, e contamos com a ajuda de todos os munícipes nessa nova jornada que está por vir, estamos com as portas sempre abertas para receber sugestões, de como vamos movimentar o turismo do nosso município e assim gerando renda para nossa cidade e juntos com o prefeito Edson Sá construir uma nova história em Aquiraz."





Secretariado de Edson Sá tem 06 nomes de Aquiraz


Dos 15 secretários do prefeito Edson Sá, 06 são NASCIDOS e ou residentes, ha muito tempo em Aquiraz, o que mostra que o município vem gerando pessoas capacitadas ao longo do tempo para assumir maiores responsabilidades e o que é melhor, com capacidade técnica para isso,  E NÃO APENAS POR BARGANHA POLITICA.

São esses os secretários Aquirazenses.

MAURICIO MATOS PEREIRA- TURISMO-Nascido e residente em  Aquiraz

CARLOS AUGUSTO MATOS PIRES- INFRA ESTRUTURA- Nascido em Aquiraz

GILIARDO  MONTEIRO SAMPAIO- MEIO AMBIENTE- Nascido em Aquiraz

IVANILDO SARAIVA- ESPORTE- Nasceu em Aquiraz e reside até hoje



JORGE COUTINHO- PROCURADOR- Residente em Aquiraz há muito tempo
JAIR SILVA- Nascido e residente em Aquiraz


Temos ainda 02 secretários, filhos do prefeito Edson Sá e isso gera uma dúvida que  vamos esclarecer aqui para os nossos leitores.
Rafael Sá

Alexandra Sá


É OU NÃO NEPOTISMO NOMEAR PARENTES  DE PRIMEIRO GRAU PARA CARGOS DE CONFIANÇA, COMO SECRETÁRIOS MUNICIPAIS POR EXEMPLO?


A prática, tão comum, é possível sob o ponto de vista jurídico?
            Antes de responder, peço que o leitor leia e releia uma importante conclusão do STF: “A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente para o exercício de cargo em comissão ou de confiança viola a Constituição Federal”. Esta é a Súmula Vinculante nº 13 da nossa Suprema Corte.
            Isso quer dizer que a indicação de parentes para o cargo de Secretário Municipal é ilegal?
            Informo ao leitor que a resposta não é tão simples e depende de uma rápida noção de Direito Administrativo.
            Explico:
            Em nosso sistema, pode o Chefe do Poder Executivo (Prefeito, Governador e Presidente) indicar pessoas, a bem de seu interesse, para ocupar três diferentes tipos de cargos: Os cargos em comissão, os cargos de confiança e os cargos políticos.
            Cargos em comissão são aqueles que podem ser ocupados por qualquer pessoa, mesmo aquelas que nunca trabalharam no setor, para o desempenho de funções comuns ao expediente administrativo. 
            Cargos em confiança são os ocupados apenas por servidores que antes fizeram concurso público e agora são alçados para uma função de gerência. Pense no exemplo de um servidor concursado do INSS que passa a ser gerente da agência.
            Por fim, os cargos políticos são os de alta importância, como os de Secretário Municipal, que são, pode-se dizer, braço direito do gestor.
            Estabelecidas tais premissas, peço que o leitor retorne ao texto da Súmula Vinculante nº 13 do STF e perceba que o texto proíbe unicamente a nomeação de esposa, companheira e parente para os cargos em comissão e os de confiança não tratando (no sentido da possibilidade ou impossibilidade) dos cargos políticos, COMO OS DE SECRETÁRIOS MUNICIPAIS.
            E agora, diante da falta de proibição expressa o ato é permitido?
            A resposta é negativa.
            É que, mesmo para os cargos de maior importância, como os de Secretário Municipal, Secretário Estadual ou Ministro, não deve haver fraudes à lei ou troca de favores, atos que comprometem a firmeza da Constituição Federal.
            A nomeação para tais cargos, em que pese não esteja proibida expressamente pela citada Súmula Vinculante, deve ser amparada em motivos concretos, com justificativa no curriculum do nomeado, a par das características profissionais do mesmo e da capacidade técnica de cumprir a função para o qual foi escolhido.
            Havendo qualificação técnica, possível é a nomeação. De outro modo, não possuindo o nomeado qualquer conhecimento e histórico para a pasta, o ato é de burla à lei e, por consequência, deve ser cassado.
Portanto, sendo considerado qualificado para a pasta, nomear parentes em primeiro grau para secretários municipais, não constitui ilegalidade.

                                                              Dr. Elder Cruz de Souza
Para embasarmos esta matéria consultou-se o que diz, o Juiz de Direito do Tribunal de Justiça de Pernambuco, Dr. Elder Cruz de Souza

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Airton Assunção diz que Aluguel social será pago até dia 03.



O Líder do Prefeito Edson Sá, Airton Assunção disse ontem durante a sessão na Câmara Municipal que o aluguel social referente ao mês de janeiro, será pago ate o dia 03 de fevereiro e haverá, segundo o vereador, um recadastramento para os beneficiários.



Marisa Letícia passa por mais um procedimento após AVC

O Boletim médico divulgado às 10h30 desta quarta-feira (25) informa que a ex-primeira-dama 
Marisa Letícia Lula da Silva foi submetida a novo procedimento após sofrer acidente vascular
 cerebral (AVC) hemorrágico. Ela está internada na UTI e não tem previsão de alta.

Segundo a nota do hospital Sírio-Libanês, ela fez uma "passagem de um cateter ventricular
 para monitoração da pressão intracraniana".
A decisão pelo procedimento ocorreu após "avaliação tomográfica de crânio para controle de
 sangramento cerebral", diz a nota. ,
Na terça-feira (24) , Dona Marisa passou por um procedimento de emergência que durou cerca
 de duas horas para conter a hemorragia no cerébro. Tudo saiu dentro do previsto e o quadro de
 saúde dela é estável.
De acordo com o Dr. Roberto Kalil Filho, chefe da equipe médica que atende a ex-primeira-dama, ela
 já tinha um aneurisma (artéria cerebral com malformação), diagnosticada há cerca de dez anos.

Na época, não havia indicação cirúrgica, mas apenas de acompanhamento clínico. Segundo
 o médico, foi esse aneurisma que se rompeu.
Kalil lembrou que a ex-primeira-dama é hipertensa e disse que uma crise hipertensiva pode ter
 sido responsável pelo AVC: "O paciente hipertenso tem que se cuidar. No dia a dia a sua pressão 
varia, mas ela teve um quadro de crise hipertensiva e isso provavelmente rompeu o aneurisma".
Ao Jornal Hoje, Kalil disse que Dona Marisa está entubada e fazendo exames importantes
 para ver a evolução do sangramento cerebral.
“Do ponto de vista clínico, [o estado] é estável, do ponto de vista neurológico, nessas
 próximas 24,48 horas os exames vão dizer a evolução mais precisa”, disse.
“Muito provavelmente nos próximos dois, três dias vai ser tirada a sedação e aí tentar
 ver o despertar de Dona Marisa”, completou.
O vereador Eduardo Suplicy (PT) foi ao hospital nesta quarta prestar solidariedade
 à família. Ele contou que conversou com Lula por cerca de 40 minutos e que 
o ex-presidente se mostrou emocionado. "Ele sabe de pessoas que tiveram esse
 problema e depois não puderam voltar a ter uma vida normal, mas ele acha, tem
 toda a esperança [de que ela vai melhorar]".
"A Marisa se constitui, nos últimos 44 anos, um apoio fundamental ao Lula em todas
 as situações", lembrou ele.
Suplicy afirmou que ouviu de Lula que é possível que Marisa fique mais de uma 
semana internada. Ela está em coma induzido

Sessão da Câmara tem presença de Servidores

Mesa Diretora










 A sessão desta terça, 24 na Câmara Municipal de Aquiraz foi bastante movimentada, com diversos assuntos discutidos entre os 15 vereadores da casa.

A novidade foi o pedido de licença por parte do vereador Mauricio Matos, para assumir a Secretaria de Turismo do município e consequentemente  a posse do primeiro suplente do PSC, Partido Social Cristão, Jonas Assunção de Aquino Neto, o Jonas do Ângelo que prometeu agir com seriedade e compromisso enquanto detentor do mandato de vereador.


Estiveram presentes ainda, dezenas de servidores, bem como representantes do SINSEPUMA, Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Aquiraz, lançando a Campanha Salarial 2017, COM O TEMA; "RESISTIR E LUTAR".


O vereador Ricardson Santana defendeu em sua fala, justificando seus 03 requerimentos, tratando  do aumento de 7% no salário dos professores, a volta da ambulância da comunidade do Barro Preto que foi retirada e o pagamento urgente dos valores referentes aos vales; Transporte e Alimentação.

A vereadora Valcídia Pinheiro  pediu esclarecimento ao líder do prefeito, José Airton Assunção sobre os pagamento ou não dos vales transporte e alimentação.
O vereador Airton garantiu que o pagamento dos referidos vales serão normalizados a partir do mês de fevereiro e disse também que o aluguel social referente ao més de janeiro, será pago ate o dia 03 de fevereiro e haverá, segundo o vereador, um recadastramento para os beneficiários.

José Airton sugeriu ainda, que a prefeitura aumente o efetivo de guardas municipais postados estrategicamente em cabines nos distritos de Aquiraz.

Ricardson foi mais longe e pediu que haja uma adequação para a guarda municipal de Aquiraz possa portar armas.

Josimar de Castro reclamou que há um cemitério de carros quebrados deixado pela gestão anterior e isso vem atrasar muito a atual gestão é obrigada a resolver muitos problemas deixados dos anos anteriores.




Vereador Airton Assunção diz que prefeito pagará vales refeição e transporte em fevereiro

O líder  do prefeito Edson Sá na Câmara, vereador Airton Assunção disse nesta terça feira, 24 durante  a sessão, que  os vales refeição e transporte serão pagos juntamente com  o pagamento  de fevereiro.
O atraso, segundo o vereador,  foi devido ao recadastramento  dos servidores, que terminou no ultimo dia 20, porém agora tudo será normalizado e quem tiver direito receberá normalmente.
Ele lembrou que era necessário detectar as distorções e resolvê-las, para que o município não seja lesado.

Morador Reclama de Esgoto em Frente ao Açude da Rodoviária

O Sr. Alex, morador da Av. Torres de Melo em frente ao açude da Rodoviária procurou nossa redação para fazer um apelo para que alguém tome as providências, para a retirada do esgoto a céu aberto que jorra no local.

Não sabemos a quem cabe a responsabilidade,  se  à Prefeitura, através do departamento de Vigilância  Sanitária da Secretaria de Saúde ou aos  representantes do Freitas Supermercado, de onde, segundo Alex, vem  a água fétida que toma conta de boa parte da Avenida.

Ele disse que o mau cheiro é insuportável em frente à sua casa e isso já se verifica há mais de um ano.

VEJA O VÍDEO

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Presidente do SINSEPUMA fala sobre Pleitos de servidores neste início de Ano

A Presidente do SINSEPUMA,  Elisângela Vieira esteve na Câmara Municipal e falou ao nosso Blog.


Jonas Neto, o Jonas do Ângelo assumiu vaga na Câmara.



Foi nesta quarta 24, que Jonas do Ângelo, suplente de vereador pelo PSC, Partido Social Cristão,  que ficou na primeira suplência assumiu a vaga do vereador Maurício Matos que  se licencia para assumir a secretaria de Turismo do Município  a convite de Edson Sá.
 Jonas agradeceu  aos que votaram nele e falou ao nosso Blog.

Veja o vídeo






O que é um suplente? entenda


Na verdade, todos os candidatos votados e que não foram eleitos são suplentes. Quanto maior é o número de votos, maiores são as chances de assumir o posto, caso um dos vereadores eleitos não possa assumir ou dar continuidade ao mandato.

Suplência no Partido

É importante considerar que a suplência acontece dentro do partido político. Vamos supor: se um Partido X (PX), tinha 5 candidatos a vereador em uma determinada eleição e um deles se elegeu, os outros quatros são os suplentes.
Caso o vereador eleito seja convidado a assumir uma secretaria, por exemplo, ou tenha a sua candidatura impugnada por alguma razão, quem irá ocupar o seu lugar será o segundo candidato mais votado e assim sucessivamente.
Quando um candidato muda de partido, a vaga de suplência dele passará a pertencer ao próximo. Por exemplo: se o terceiro candidato mais votado resolve mudar de filiação, o quarto passará a ser o terceiro com chances de assumir.

Jair Silva, asessor de políticas Institucionais fala sobre início da gestão Edson Sá

O  Ex- vereador Jair Silva esteve presenta à sessão da Câmara Municipal desta terça, 24 e acompanhou todos os questionamentos levantados pelos vereadores sobre os serviços públicos  deficientes neste primeiro mês do ano e  falou ao nosso blog  sobre as dificuldades que todo início de governo enfrenta, ao mesmo tempo em que assegurou que  o prefeito Edson Sá vai trabalhar nos próximos 04 anos para uma melhor qualidade de vida da população.

VEJA O  VÍDEO

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

A Cacique Pequena- Líder dos Genipapo- Kanindé em Aquiraz- Entrevista


Nessa entrevista, Cacique Pequena, mostra sua consciência, ela diz, "Mulher pode ser igual ao homem, só não pode é passar".


Aldeia dos Jenipapo-Kanindé fica nas entranhas do município de Aquiraz, entre caminhos estreitos de uma estrada carroçável. Foi ali, em terras próximas à Lagoa da Encantada, que uma mulher tomou para si o desafio de chefiar uma tribo indígena no Ceará pela primeira vez. Para ela, foi também pioneira no Brasil. Aos 70 anos, Cacique Pequena organiza sonhos para a comunidade de índios que a escolheu como liderança. Os mesmos por quem lutou por escola, posto de saúde e reconhecimento. Conseguiu tudo. Conseguiu, inclusive, romper com a discriminação que lhe apareceu, pela primeira vez, em viagem à Brasília e teimou a se mostrar em outras ocasiões. Pequena recebeu O POVO na terra de chão batido da mãe-natureza e falou sobre os desafios de ser uma “lídera”. Assim mesmo, no feminino. 

 No dia 6 de março de 1995, a senhora assumiu a tribo como cacique. Foi a primeira mulher a ocupar esse posto aqui no Ceará. A senhora teve medo quando soube que ia ser cacique?
PEQUENA - Não, eu não tive medo. Mas, não queria receber a cacicagem. O cacique que tinha convivido com nós muito tempo morreu tava com dois anos. O Pai-Tupã tinha levado. Ele não ensinou como a gente fazia para ser cacique. Não passou nada para nós; nem para mim nem para os outros. O cacique tinha uma doença mortal, ele foi embora de uma hora para outra. A aldeia passou três anos solta, mas o pessoal sempre reclamou que devia ter uma pessoa para viver como líder aqui. Aí, em uma bela tarde, numa reunião com advogado e tudo da Pastoral Indigenista (da Arquidiocese de Fortaleza), todo mundo ficou conversando e cochichando uns com os outros. Eu queria saber que cochichado era aquele, mas fiquei na minha. Quando dei fé um perguntou: “Quem vai ser o cacique?” Todo mundo ficou olhando para mim, aí disseram: “A Pequena”. Eu já tinha 11 anos de trabalho para a aldeia, mas disse que não queria. Eu disse três vezes que não queria. Eles insistiram, insistiram e persistiram até que eu caí, bem molezinha, e disse que aceitava. Mas eu disse: “Não sei o que vou fazer, porque o cacique morreu e não disse o que se fazia na cacicagem. Se eu fizer coisa boa, bem. Se não fizer, não é problema meu, porque vocês insistiram”.

 A senhora se arrependeu de ter aceitado esse pedido do seu povo?
PEQUENA - Não, nunca me arrependi. Até hoje eu não me arrependi do encargo que eu peguei. Eu passei por muitos altos e baixos. Fui muito discriminada por ser uma mulher. E por ser uma mulher, ainda por cima, que não tinha letra. Só não dizia que era analfabeta porque eu sabia assinar meu nome. Mas eu não tinha letra pra pegar um livro, um documento e ler. Eu não me arrependo porque, depois que eu assumi a cacicagem, eu quero ver até o fim, até eu tombar e o Pai-Tupã me levar. Nada faz eu me arrepender. Eu sofro, passo dificuldade, sou discriminada, mas eu não me arrependo de ter aceitado ser cacique.

 Você disse que já sofreu discriminação por ser uma mulher cacique. Qual foi a primeira vez que a senhora percebeu que estavam agindo com preconceito com a senhora?
PEQUENA - Foi na primeira vez que viajei para Brasília. No dia 6 de março, eu recebi a missão de ser cacique. No dia 12, eu botei o pé no mundo com a cara e a coragem. E sem dinheiro. Era um encontro para aprovar o Estatuto do Índio, que até hoje ainda não foi aprovado. Eu saí, fui numa caravana de índio. Antes, paramos em Minas Gerais. Lá, eu fui discriminada pelos homens do Sul e do Norte. Eles disseram que mulher só servia para cama e pé de fogão. Quando eles terminaram de dizer, eu pedi a fala e disse que não era como eles pensavam. Mulher tinha vindo ao mundo para se igualar a eles. Só não pode é passar, mas igualar ombro a ombro a mulher pode. A mulher tem talento. É mais forte do que o homem. A mulher é uma pessoa viva, porque dá fruto. Eu disse que eles não podiam dizer aquilo comigo porque todos eles tinham saído de uma mulher. Eu fiz um sermão com eles. E depois eles ficaram conversando um com o outro. Acho que pensaram assim: “Vamos ver se ela é boa mesmo”. Eles fizeram um teste comigo, mas não serviu de nada. Eles me deram um copo de suco e eu não senti nada. Depois bateram cada um no ombro do outro e disseram: “Acabou com a da roça, amanhã a gente arrasta ela pra Brasília junto com nós”.
 O que tinha nesse suco?
PEQUENA - Não sei. Era um suco verde. Até hoje eu estou por saber o que era esse suco verde que eu tomei deles.

 A senhora falou para eles que a mulher pode se igualar aos homens. A senhora sempre teve essa consciência ou foi o tempo como líder da aldeia que lhe mostrou isso?
PEQUENA - Toda vida eu tive essa consciência. A mulher ela não deve viver só viver para cama e pé de fogão. Até porque, quando eu era mulher nova, antes de ser “lídera”, minha mãe nunca me deixou sem trabalhar. Eu era caçula. Ela podia ter me criado em berço de ouro, mas ela me botava no trabalho. Com sete anos de idade, eu tava no rio pescando mais ela, fazendo tudo o que eu pudesse fazer. Eu arrancava caranguejo nos mangues também. Eu fui vendo que a mulher não podia viver só esperando pelo homem. Eu trabalhava de enxada, eu fazia lastro de feijão e de milho, de tudo que se tinha na roça. Fui vendo que aquilo ali — já que eu não podia viver com a caneta e o papel na mão — era meu estudo. Eu vivia trabalhando para mim. Eu tirava espinho, murici, castanha. E assim eu vivi a minha vida. Eu não precisava andar pedindo nada a ninguém. A minha força sempre deu para eu trabalhar.
 Até os 16 anos, a senhora morou longe da tribo. Nesse tempo, a senhora se viu como uma não índia?
PEQUENA - Não. Os índios sempre estiveram junto com nós. Não passava um mês longe dos meus parentes. Eles vinham pegar caranguejo, tirar siri, búzio, ostra lá onde a gente morava… Sempre eles estavam lá. A gente não perdeu contato. Eu não me criei junto deles, mas não perdi o contato. É tão provado que me casei aos 16 anos (com um índio da aldeia) e até hoje moro aqui.

 Até os anos 1980, a tribo Jenipapo-Kanindé não tinha contato com não índios. Como foi essa aproximação com os brancos?
PEQUENA - A gente morava num paraíso que passou a ser um abismo. Passado um tempo, esse mesmo abismo veio voltando como paraíso de novo. Vieram uns alunos da Uece (Universidade Estadual do Ceará) e fizeram uns estudos com a gente por quatro anos… Nos pegavam da forma que a gente vivia. Nesse tempo, não importava se tava vestido, se não tava. Não tinha isso de estar bem vestido. As crianças de 10 anos pra baixo eram tudo nuazinha. As meninas, quando cresciam os peitos, ainda andavam nuas. Mas aquilo era uma inocência tão grande que ninguém nem percebia. Para nós, era normal.
 Mas por que virou um abismo?
PEQUENA - Porque os índios perderam essa inocência de viverem nuzinhos. Na hora que esse pessoal começou a chegar aqui, eles se sentiram agredidos, porque nós somos a própria natureza. Nós não vivemos mais nessa situação, porque estamos sendo vigiados 24 horas pelo homem não índio. Eles ficavam verificando o jeito que a gente vivia. Se não fosse isso, a gente vivia da mesma forma. O abismo foi esse. Os índios começaram a se vestir, começaram a cortar o cabelo. Antes, todo mundo tinha o cabelo grande, tanto a mulher como o homem. O cabelo do homem era cortado com casco de coité. Do jeito que você vê os índios da Amazônia, eram os índios do Jenipapo. Nesse tempo, a gente era conhecido como os “cabeludos da Encantada”.

 E a vida aqui, como era nesse tempo?
PEQUENA - As casas eram todas de palha. A gente amanhecia o dia com a panela de peixe no fogo, cozinhando. Os beijus já estavam feitos para comer com peixe. A gente esmagalhava o beiju num prato de barro e comia. Não tinha fogão a gás, era no chão. A gente sentava em esteira de junco e tomava café em uma cumbuca de coco. Quando acabar, os homens iam trabalhar. As mulheres iam varrer a casa, ia trabalhar de almofada (renda), iam pra lagoa lavar roupa, colher castanha… A nossa vida era essa. Quando esse pessoal chegou (os não índios), eles viram tudo isso. Eles vinham tão de mansinho que tiravam fotos da gente e ninguém nem percebia.
A senhora tem saudade desse tempo?
PEQUENA - E muita. Era uma vida boa, tranquila. A gente não vivia nessa correria de ir pra um canto e outro. A gente se deitava no terreiro, fazia uma fogueira fora da casa, passava horas e horas vendo a lua clareando. Era um paraíso. Se juntavam três ou quatro pessoas numa roda de conversa e os meninos brincando ao redor da fogueira. Era bom demais. Nem parece hoje. Hoje, é todo mundo na televisão. Todo mundo no som. Sábado e domingo é um papoco de som tão grande aqui…

 Agora vamos falar da senhora como cacique. Já são 21 anos como líder da aldeia, a senhora se orgulha de algum trabalho que realizou pela tribo?
PEQUENA - Eu não tenho orgulho. Eu tenho a sensação de felicidade. Acho orgulho uma palavra muito pesada. Me sinto feliz porque eu peguei esse povo ainda sem entender as coisas. Eles não tinham sabedoria de nada. Quando eu comecei a trabalhar em defesa deles, eles mudaram. Eu me sinto feliz por esse lado. Eles são pessoas que já estão entendendo um pouco da convivência indígena e sabem que ser índio não é só ser índio. É preciso ir mais além. Os índios precisam saber dos seus direitos. Hoje eu já sei que eles podem ir atrás do que é deles. Quando eu comecei, eram só 17 famílias. Hoje, são 120. Deu um pulo muito grande. Eu já sinto que, mesmo tendo entrado o progresso aqui nesse lugar, com toda a discriminação que a gente passou na vida, hoje a gente está mais preparado. Temos escola (cujos indígenas são professores), energia, água, galpão de artesanato, museu, posto de saúde e Cras (Centro de Referência da Assistência Social) para o índio. São coisas que vieram como fruto dessa mulher aqui.
 Existe ainda algum outro benefício que a senhora tem vontade de trazer aqui para aldeia?
PEQUENA - Eu tenho muita vontade de trazer um projeto para as mulheres daqui, para dar fonte de renda. Para as mulheres trabalharem de costura ou de artesanato. Para elas aprenderem além do que elas já sabem, para ver o produto ser vendido lá fora. Quem sabe até ser exportado… Elas precisam de um trabalho para ter a vida livre, para não viver encabrestadas na cabeça do branco. Hoje, a gente tem escola, mas as índias e os índios vivem encabrestados. Eles trabalham pro Governo. Sei que tem carteira assinada, mas a pessoa vive encabrestada 24 horas…

 E sobre a demarcação da terra dos Jenipapo-Kanindé? Hoje essas terras estão demarcadas, mas como foi essa luta?
PEQUENA - Quando fui em 1995 a Brasília, saí com essa vontade na cabeça. Eu ia cobrar da senhora Funai (Fundação Nacional do Índio) o nosso estudo (das terras). Quando cheguei lá, eu falei para mais de 5 mil pessoas. Não é mole uma analfabeta sair de casa, nunca ter pegado num microfone e dizer assim: “Senhora Funai, não vim visitar Brasília. Eu vim por necessidade do meu povo”. Dei meu recado bem dado e depois eles me garantiram que iam mandar alguém. No dia 25 de novembro de 1997, a Funai caiu aqui dentro. Eles fizeram esse estudo. Onde tinha tapera de índio, virou nossa terra. Foram 1.734 hectares de chão. A gente teve o índio e a terra estudados. Depois de dois anos (do estudo), eles voltaram e trouxeram a notícia que nós estávamos sendo um povo reconhecido. Nossa terra foi delimitada. Isso em 1999, no poder do (ex-presidente) Fernando Henrique Cardoso. Quando foi em 2004, no poder do (ex-presidente) Lula, ela foi reconhecida oficialmente. Em 2011, a gente teve a notícia que a terra foi demarcada.
 Foi uma felicidade grande?
PEQUENA - Muito grande. A gente fez até um toré (dança indígena) animado. Foi uma festa bonita. Agora, só falta homologar, desentrusar, registrar, carimbar e assinar a terra. Ainda falta um bocado. Ela só está demarcada. Ainda falta é coisa e a luta não pode parar.

Depois que a senhora se tornou a líder aqui da aldeia, a relação entre os homens e as mulheres mudou?
PEQUENA - Mais ou menos. Toda vida eles gostaram de respeitar as mulheres. Nunca foram muito rigorosos não. Não vou dizer que não existe. Claro que existe. Mas a maioria é da paz com suas esposas. Todo mundo já entendia que a mulher não é aquele bicho brabo do mato. Eu achei os homens do Sul e do Norte mais rigorosos com as mulheres.
 Tem algum sonho da senhora que não se confunde com um benefício para a tribo? A senhora tem sonhos pessoais?
PEQUENA - Bom, meu sonho pessoal é terminar meus estudos. Esse é meu grande sonho. E eu confio no Pai-Tupã que eu vou realizar meus estudos e terminar meu segundo grau. Eu já estou no primeiro ano (do Ensino Médio). Devagarzinho, eu chego lá.

 Por que o estudo é tão importante para a senhora?
PEQUENA - Na minha vida, eu nunca tive oportunidade de estudar. A coisa que eu mais tinha vontade no mundo era aprender a ler e escrever para, quando eu pegar um documento, eu saber o que foi acertado nele. Se ele era bom ou se era do mal. Eu tenho curiosidade de saber as leis. Meu sonho é ler as leis e saber o que elas marcam pros índios… Eu queria pegar um documento desse e ler todinho para todo mundo ver. Essa vai ser a maior felicidade minha. Por isso, eu estou estudando.
 Quando o cacique anterior morreu, não havia ninguém preparado para assumir esse posto. A senhora está preparando alguém para assumir seu lugar?
PEQUENA - Eu já preparei. É minha filha mais nova. Se chama Juliana. Eu peguei ela e outra filha e pedi para assumirem meu encargo. Desde 2010 elas já estão no caminho. Quando eu for embora, elas podem realizar tudo o que eu deixei aqui na terra. A Juliana foi até batizada. Já é considerada cacique, mas ela disse que não quer assumir enquanto eu estiver viva.

 Para finalizar, quero que a senhora explique o que é ser índia?
PEQUENA - Ser índio é coisa maravilhosa. O índio ele vem da própria natureza. Ele não é inventado. Ele é nascido e criado. O índio é a pessoa que respeita a tradição, a convivência, a sua vida naquele lugar junto uns aos outros. O índio ele respeita a natureza. Não vive devastando a natureza. Se ele puder cada vez mais preservar, é melhor. Esse é o índio de verdade. Ele nasce e se cria na natureza, pegando o gosto e o cheiro da natureza todo dia, pisando na mãe-terra sem ter nojo. O índio é tudo na minha vida e tudo que existe na natureza é o índio. E nós não podemos negar isso, porque senão estamos negando a nós próprios.

Perfil
Maria de Lourdes da Conceição Alves é o nome de batismo, mas todo mundo a tem como Pequena. O apelido ganhou da mãe, ainda na infância. Nasceu em 25 de março de 1945, na região do Riacho Saco do Marisco, no município de Aquiraz, localizado a 32,3 km de Fortaleza. Pequena é filha da tribo Jenipapo-Kanindé, onde criou os 16 filhos. É a primeira mulher cacique do Ceará de que se tem registro. Ela diz ser também pioneira no Brasil. 

“Índios perderam a inocência de viverem nuzinhos. Não vivemos mais assim, pois somos vigiados 24 horas pelo homem não índio”



“Meu sonho é terminar os estudos. A coisa que mais tinha vontade era aprender a ler e escrever para pegar um documento e saber o que foi acertado nele”

Fonte: O Povo