quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Andreia Horta vibra com o sucesso de "Elis" e diz que nunca tinha cantado antes.



Mesmo assim, a atriz conta que fez aulas intensivas de canto para fazer bonito na gravação da microssérie.








Quando começou a se preparar para interpretar Elis Regina no cinema em 2015, Andreia Horta jamais imaginaria que aquele longa pudesse virar uma série de quatro capítulos para a televisão. A atriz conta que ficou muito surpresa quando, recentemente, foi convidada para gravar algumas cenas extras para compor a nova microssérie Elis: Viver é Melhor Que Sonharque deu o pontapé inicial nesta terça-feira (8).


“Jamais esperava que depois de três anos faria novamente. Já tinha dado como missão cumprida! De qualquer forma, achei importante [voltar] porque o que os produtores queriam que ela dissesse era muito importante e atual, como o encontro de Elis com Vinícius e Tom e, depois, com Rita Lee, este último um momento delicado de duas mulheres artistas”, explica.

Além do clássico cabelo “joãozinho” da Pimentinha, como a cantora era chamada na época por suas frases ardidas e gênio forte, Andreia Horta também passou por outras mudanças na vida para interpretar esta grande diva da música brasileira.
Andreia Horta como Elis Regina (Foto: TV Globo / Divulgação
“Eu entrei em um ritmo de disciplina muito intenso. Fiz aulas com uma fonoaudióloga várias vezes ao dia, de canto com muita intensidade durante a semana, além da preparação de corpo. Montamos um cronograma em que eu trabalhava de segunda a sexta, 8 horas por dia, durante três meses. Nesta época eu sumi, desapareci e ninguém ouvia falar de mim. Estava absolutamente mergulhada no trabalho da Elis”, lembra.
Por falar em música, existe aquela pontinha de curiosidade para saber se Andreia está cantando durante as cenas de Elis: Viver é Melhor Que Sonhar, mas ela conta que os áudios são os originais da cantora e que, antes, só tinha experiência de cantar em casa, para os amigos. Na microssérie, a atriz dubla a personagem porque era uma voz muito marcante.
Eu cantei muito de verdade, em todas as cenas e músicas, mas não captamos a minha voz. O que nos interessava desde o início era que fosse a voz da Elis. Existe uma identificação na memória das pessoas, um canto inesquecível. Ninguém ousou mexer ou regravar o que ela fez. Certamente não era a nossa intenção. Para dublar perfeitamente como ela, eu cantei com muita verdade, a plenos pulmões, em todas as músicas”, confessa.
Fã da artista, Andreia diz que sempre ficava muito impacta com as apresentações de Elis desde que era muito jovem e é difícil até listar o que mais a impressionava. Contudo, ela consegue elencar alguns adjetivos de sua personagem.
“Ela foi uma grande intérprete, relacionava a palavra com cada significado quando cantava, além da maneira como se expressava, a clareza dos pensamentos dela e a importância de todas as decisões que ela tomou em seu tempo”, enumera.
Depois do filme ir aos cinemas, em 2016, a atriz chegou a ter contato com os três filhos de Elis - João Marcelo Bôscoli, Pedro Mariano e Maria Rita -, mas as melhores lembranças, sem dúvida, foram durante as filmagens.
“Os processos em sala de aula foram ricos e inesquecíveis. Tudo o que aprendi ali, sem ter a menor noção de como eu ia fazer e ir descobrindo a cada gesto novo uma nova maneira de fazer a Elis. Me comovia como artista cada vez mais. Os parceiros que eu tive do meu lado, dos meus preparadores, os atores que me acompanharam, as risadas... Tivemos momentos riquíssimos e éramos amigos de longa data. Foi um prazer muito grande reencontrar a turma toda fazendo uma personagem tão importante para a nossa história. Além disso, as cenas de shows em que eu colocava meu corpo e minha voz em prol de uma artista como ela. Nunca mais vou esquecer na minha vida”, comenta.



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