Irmã de rei pode ir a julgamento
Um juiz espanhol decidiu ontem manter a acusação contra a infanta Cristina, 49, irmã do recém-empossado rei Felipe VI, por supostos crimes fiscais. Com isso, está aberta a possibilidade de que ela vá a julgamento. Seria a primeira vez em que um integrante da família mais próxima do rei senta no banco dos réus.
Nos autos, o juiz de instrução José Castro, de Palma de Mallorca, afirma que, em seu entendimento, Cristina cooperou com o marido e um ex-sócio dele em uma operação para desviar mais de 6 milhões de euros dos cofres públicos por meio de um instituto chamado Nóos, uma sociedade sem fins lucrativos.
O marido de Cristina, Iñaki Urdangarin, 46, foi presidente do instituto entre setembro de 2003 e março de 2006 e é, ao lado dela, o criador da empresa Aizoon, para a qual teria sido destinada pelo menos uma parte do total de dinheiro desviado.
Urdangarin deve ser julgado por desvio, prevaricação, falsidade ideológica, tráfico de influência, falsificação, fraude ao governo e dois delitos fiscais pelo suposto desvio de fundos públicos ao Instituto Nóos.
Tanto o promotor anticorrupção de Palma de Mallorca, Pedro Horrach, quanto o advogado da infanta, Miquel Roca, já disseram que recorrerão da decisão. Em nota, a Casa do Rei da Espanha, expressou "pleno respeito à independência do Judiciário". O casal, o ex-sócio de Urdangarin e mais nove pessoas foram acusados pelo crime em dezembro de 2011.
Nenhum comentário:
Postar um comentário