terça-feira, 4 de novembro de 2014

Prefeitos discutem precariedade de hospital


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A falta de médicos cirurgião, anestesista e no setor de emergência dificulta a assistência aos pacientes
FOTO: HONÓRIO BARBOSA
Iguatu. Prefeitos e secretários de Saúde de dez municípios da Região Centro-Sul do Ceará discutiram, ontem, nesta cidade, ações para melhoria do atendimento do Hospital Regional de Iguatu, que há um ano é administrado pela Sociedade Beneficente São Camilo. A falta de médicos cirurgião, anestesista e no setor de emergência dificulta a assistência aos pacientes, que muitas vezes são transferidos para Fortaleza e Região do Cariri.
Encaminhamento desnecessário para a unidade polo em Iguatu, dificuldades de transferência para o Hospital Regional do Cariri e a falta de leitos em unidades especializadas em Fortaleza também foram debatidos.
O encontro com os gestores deu continuidade a audiência realizada na semana passada com o Ministério Público Estadual e a direção do Hospital Regional de Iguatu, convocada pelo prefeito Aderilo Alcântara. "Houve um aumento no número de reclamações e o nosso objetivo é reunir esforços para a melhoria do atendimento aos usuários", explicou o gestor. "Há uma carência de médicos plantonistas e em alguns dias houve falta de cirurgiões e anestesistas".
Na ocasião, o promotor de Justiça, Francisco das Chagas, solicitou da direção do hospital a lista de médicos plantonistas e a escala médica. Na reunião com os prefeitos e secretários de Saúde, novas cobranças foram feitas ao diretor da unidade, Cláudio Marmentini, acerca da falta de médicos em clínicas especializadas, anestesistas e de profissionais em plantões de fim de semana.
Outro problema discutido foi a volta de pacientes aos municípios de origem na mesma ambulância. O setor mais afetado é o de obstetrícia. Segundo relatos, mulheres grávidas próximas a trabalho de parto retornam e em alguns casos houve até nascimento de bebês em ambulância.
O prefeito de Acopiara e médico Vilmar Félix solicitou que o retorno de pacientes fosse revisto, assim como não houvesse demora no atendimento de pacientes com traumas que aguardam dias para a realização de cirurgias. As prefeitas de Irapuan Pinheiro, Risoleta Pinheiro; de Quixelô, Fátima Gomes; e representantes de Saboeiro reclamaram da dificuldade em atender alguns pacientes transferidos para o hospital, de referência.
O prefeito de Iguatu, Aderilo Alcântara, disse que o município repassa mais de R$ 800 mil por mês para o Hospital, mantém dez ambulâncias, o laboratório de análises clínicas, faz transferência de recursos para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), para o Centro de Especialidades Odontologias (CEO) e para a Policlínica Regional. "O governo federal atrasou em cinco meses o repasse de 50% para a UPA e tivemos que arcar com 75% do custeio", explicou. "Isso nos trouxe dificuldades". Disse que os investimentos na Saúde ultrapassam R$ 2 milhões/ mês.
Fonte:DN

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