O vice-presidente Michel Temer foi interrompido nesta terça-feira, 17, na abertura do Congresso do PMDB, por manifestantes que pregavam o impeachment da presidente Dilma Rousseff e a ascensão dele ao poder. Aos gritos de “Brasil/Pra Frente/Temer Presidente”, os militantes, que carregavam bonecas de Dilma, vestida com a faixa “mãe do petrolão”, pediram mais de uma vez que ele assumisse a Presidência. “Por enquanto, não, obrigado”, respondeu o vice. “Vamos esperar 2018.”
À plateia, Temer ressalvou, porém, que não será ele o candidato do PMDB na disputa de 2018. “Vamos lançar um grande nome do PMDB. Estou encerrando minha vida pública”, garantiu. Apesar da declaração, o vice se prepara para o caso de ter de assumir a Presidência e já contratou até mesmo o advogado Gustavo Guedes, especialista em Direito Eleitoral, para conduzir sua defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
É no TSE que tramita a ação do PSDB pedindo a impugnação dos mandatos de Dilma e Temer. Os tucanos alegam que houve abuso de poder econômico na campanha de 2014 e, se o TSE julgar a ação procedente, a presidente e o vice podem ser cassados. Advogado constitucionalista, Temer argumenta que sua prestação de contas foi feita separadamente do balanço apresentado por Dilma. Além disso, em conversa recente com interlocutores, invocou vários artigos da Carta para sustentar que ninguém pode ser responsabilizado por atos de outras pessoas.
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