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quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Mulher é chamada de macaca na frente do filho, da avó e do marido.


Fernanda Carolina Sousa dos Santos Soares, de 36 anos denunciou à Polícia Civil ter sido vítima de injúria racial na última sexta-feira (15/11/2019), cometida por um homem no bairro Cidade Nova, em Belo Horizonte (MG), após deixar a Feira dos Produtores. A vítima estava acompanhada do filho, da avó e do marido.

Um homem agitado teria pedido para usar o banheiro, mas a feira já estava fechada. “Ele fez cocô na rua, chamou uma moça de ‘gorda’ e, depois, veio me xingar”, comentou. O suspeito também afirmou que a vítima “não é um ser humano”
Segundo o portal O Tempo, a denúncia foi feita na Policia Civil, que está investigando o caso. Fernanda relatou: “Ele falou que eu era um bicho irracional, um animal, uma macaca negra”.
Nesta quarta-feira (20/11/2019), é comemorado o Dia da Consciência Negra.
Criado a partir da pressão de diversos movimentos sociais, a data cumpre um importante papel de resgatar nossa história de luta, os exemplos de resistência contra a opressão e as tentativas de construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

A data é uma homenagem à Zumbi, último líder do Quilombo dos Palmares, assassinado em 20 de novembro de 1695. Assim como os demais quilombos criados no Brasil no período, o Palmares foi uma experiência de organização social alternativa, em que o trabalho era produzido e dividido de forma coletiva. Existiu por mais de cem anos e reuniu não somente negros escravizados em busca de liberdade, mas também povos nativos e uma parcela da população branca em condição de pobreza.
Ao contrário do que é usualmente divulgado, o fim da escravidão no Brasil não foi uma concessão do império; foi um direito arrancado pela luta dos negros escravizados.