O Evento acontreceu em Brasília , dia 17 deste mês.
A Marcha reuniu cerca de 70 mil mulheres, que deixaram tudo para trás, casa, família e filhos. Foram quase dois anos de preparação para a marcha.
Na abertura oficial, Carmen Foro, coordenadora, contou como foi difícil chegar até lá. “Foram muitos pastéis vendidos, panos bordados, rifas vendidas, muitas festas que fizemos para garantir a discussão de uma plataforma política que não diz respeito somente ao nosso umbigo como trabalhadoras do campo, mas ao desenvolvimento sustentável do nosso país”.
De Aquiraz estiveram Presemntes a Presidente do Sinsepuma, Fca. Alexandre, Ozaneide de Paula , Secretária da FETAMCE e Lediana Ferreira, Pres. da Associação de Mulheres de Aquiraz.
A lista de reivindicações é extensa, são mais de 150 ítens baseados em temas como biodiversidade, segurança alimentar, participação política, autonomia econômica, saúde, educação e violência. A mesma violência da qual foi vítima Margarida Alves, agricultora assassinada em 1983, que inspirou o movimento. Margarida defendia os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais.
Entre os pedidos das Margaridas estiveram a criação de patrulhamento móvel nas comunidades rurais
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence antecipou uma das medidas: as mulheres terão participação garantida no programa de aquisição de alimentos do governo federal. “Nós vamos ter cota para organização das mulheres, cotas de 30 a 40%, seja em item de estoque, seja por compra direta no Fome
Zero”.
Zero”.
Na manhã de quarta-feira (17/8), as trabalhadoras rurais percorreram 6 km até a Esplanada dos Ministérios para protestar contras as desigualdades sociais, denunciar todas as formas de violência, exploração e dominação e avançar na construção da igualdade para as mulheres. A Marcha das Margaridas já ocorreu em outras três edições, nos anos de 2000, 2003 e 2007, e conta com diversas conquistas em sua trajetória como a criação do Programa Nacional de Documentação da Mulher Trabalhadora Rural (PNDMTR); criação do Pronaf Mulher; criação do crédito para mulheres assentadas; manutenção da aposentadoria para mulheres aos 55 anos; criação e funcionamento do Fórum Nacional de Elaboração de Políticas para o Enfrentamento à Violência contra as Mulheres do Campo e da Floresta; entre outras. |
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