Pode sacar o celular: neste feriado prolongado, as redes sociais vão se encher de fotos da maior superlua já vista nos últimos 68 anos. Nosso satélite vai parecer 14% maior no céu e 30% mais brilhante. Para perceber a diferença, porém, você precisa estar no lugar certo na hora certa.
A última vez que apareceu uma lua tão grande assim foi em janeiro de 1948. Para atingir esse ápice de tamanho, a lua precisa passar por dois fenômenos distintos ao mesmo tempo.
Em primeiro lugar, precisa estar na fase cheia. Para isso, é preciso que a Lua esteja posicionada do lado oposto da Terra com relação ao Sol. Assim, vista do nosso planeta, ela fica completamente iluminada.
Em segundo lugar, o satélite precisa estar mais próximo da Terra que o normal. Isso só acontece porque a órbita da lua é elíptica. Ou seja, o caminho que ela faz ao redor da Terra não é um círculo perfeito. Por isso, a distância do satélite em relação à Terra varia bastante. O momento em que a lua passa mais longe do planeta é chamado de apogeu. Já a posição quando ela se encontra mais próxima é chamada de perigeu.
A categoria de superlua já é dada para qualquer lua cheia que apareça nessa região da direita da órbita. Mas é bem mais raro que a lua esteja cheia justo quando chega ao ponto máximo de aproximação com a Terra. Por isso, o fenômeno do dia 14 de novembro é uma espécie de super-superlua, que vai estar a apenas 356.509 km do planeta.
A lua cheia de novembro, inclusive, é conhecida como a Lua do Castor. Isso porque, antigamente, os caçadores no hemisfério norte aproveitavam essa época para preparar armadilhas, capturar animais e garantir as peles que iriam esquentá-los no inverno.
O ápice da fase cheia da Lua do Castor acontece às 10h52 do dia 14 de novembro. Uma hora depois, ela atinge o pico do perigeu. Se você está no Brasil, isso é uma má notícia: o ponto alto do fenômeno vai acontecer praticamente durante o sol do meio dia, dificultando demais a visibilidade.
Nem por isso vale a pena deixar de observar o fenômeno: já na noite de 13 de novembro, a lua deve estar maior, mais próxima e mais brilhante que o normal. No dia seguinte, ela vai estar começando a minguar, mas deve continuar sendo uma bela visão.
Para aproveitar ao máximo a vista dessas duas noites, vale a pena aproveitar o feriado e fugir da poluição luminosa dos grandes centros urbanos. Um céu escuro valoriza bastante a experiência da superlua e qualquer outro tipo de observação astronômica.
Outro ponto importante é tirar vantagem da chamada “ilusão lunar”. Uma lua 14% maior é coisa pra caramba, mas quando ela fica solta no céu, sem referências de tamanho, pode ser difícil perceber a diferença. O segredo aí é aproveitar o momento em que a lua começa a aparecer no céu, pertinho do horizonte. No dia 13, isso acontece às 18h36 e, na segunda-feira, às 19h42. Nesse horário, dá para comparar o tamanho com a silhueta dos prédios e das árvores. Esse é o melhor momento para, de fato, enxergar uma lua gigante (e também tirar as melhores fotos).
E é bom correr para aproveitar essas duas noites: a próxima super-superlua só acontece em 25 de janeiro de 2034.
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