Granada e líquido inflamável foram jogados no prédio.
Ataque foi realizado por pelo menos seis homens.
O número de mortos após ataque a um cassino na cidade de Monterrey, norte do México, subiu a 53, informou o procurador do estado de Nuevo León, Adrián de la Garza, às agências internacionais de notícias nesta sexta-feira (26). O número de feridos ainda é incerto, mas passa de dez.
O número de morto no ataque ainda não é definitivo, e pode aumentar.
Uma mulher que sobreviveu ao ataque e que deu seu testemunho à TV Milenio revelou que um grupo entrou no cassino Royal Sanjerónimo, jogou gasolina e ateou fogo ao local. Uma granada também foi jogada para dentro prédio.
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O governador de Nuevo León, Rodrigo Medina, confirmou que o cassino, com mais de 1.720 m², foi incendiado “com líquidos inflamáveis como gasolina”.
Segundo Medina, as primeiras investigações revelam que o atentado foi realizado por seis homens que chegaram ao cassino em dois automóveis.
O diretor da Defesa Civil de Nuevo León, Jorge Camacho, destacou que a tragédia ocorreu porque ao ouvir as explosões provocadas pelo incêndio as pessoas correram para os banheiros e outros locais do cassino, e não para as saídas de emergência.
Mas testemunhas relataram também que o mesmo grupo que atacou o prédio fechou as portas do estabelecimento.
O presidente do México, Felipe Calderón, condenou o ataque e manifestou “profunda consternação e solidariedade com Nuevo León e com as vítimas deste ato de terror e de barbárie”.
Imagens transmitidas pela TV mostraram grandes nuvens de fumaça saindo do cassino pelos buracos que foram abertos pelos bombeiros nas paredes.
Os bombeiros levaram mais de quatro horas para apagar o incêndio.
Boletins de jornais locais dizem que vários cassinos de Monterrey, no estado de Nuevo León, têm sido atacados - o último em maio passado - porque seus donos têm se negado a pagar pelas extorsões, que são outra fonte de renda dos traficantes.
O estado de Nuevo León é um dos cenários mais afetados pelas disputas entre traficantes, que, junto com operações das forças de segurança, deixaram mais de 41.000 mortos desde dezembro de 2006, quando o governo colocou o Exército para combater o tráfico.
(*) Com informações das agências de notícias Efe, France Presse e Reuters