quinta-feira, 14 de julho de 2011

Hospital divulga laudo sobre morte de doadora de medula em SP



Jovem passou mal após retirada de sangue de veia do pescoço.
Foram encontradas perfurações nas veias por onde passou o cateter.

Do G1 SP, com informações da TV Tem
medula estudante (Foto: Reprodução/TV Tem)Jovem morreu após coleta de medula para doação
na segunda-feira (Foto: Reprodução/TV Tem)
O Hospital de Base de São José do Rio Preto divulgou nesta quarta-feira (13) o laudo da causa da morte da estudante Luana Neves Ribeiro após procedimento para doação de medula óssea, no último dia 4.  Foram encontradas perfurações nas veias por onde passou o cateter, inserido no pescoço da vítima. A médica que realizou o procedimento foi ouvida pela polícia e houve confusão em frente à delegacia.

A médica que colocou o cateter em Luana  saiu da delegacia acompanhada da tia e logo foi amparada pela mãe, que tentou esconder o rosto da filha. O marido dela chutou a câmera de um dos fotógrafos.
Também foi ouvida a médica que atendeu Luana quando a jovem se sentiu mal, quase duas horas depois da colocação do cateter. Visivelmente abatida, ela saiu ao lado do advogado e não quis falar com os repórteres.
Por último e cercada de parentes, Cirça Aparecida Neves de Oliveira, mãe da estudante morta, deixou a delegacia abalada.
Luana era estudante de enfermagem e morreu duas horas depois de ter o cateter inserido na veia jugular, que passa pelo pescoço. O procedimento foi realizado para retirada de material para doação de medula óssea.
Segundo especialistas, o líquido é colhido geralmente da bacia dos doadores, e não do pescoço.
O Hospital de Base abriu sindicância para apurar se houve erro médico. O laudo da morte revela que Luana teve múltiplas perfurações em uma veia e hemorragia no pulmão esquerdo.
A coleta de medula óssea foi suspensa após a morte da estudante. Os doadores voluntários de medula serão encaminhados para outros centros de coleta. Segundo o hospital, a suspensão é por tempo indeterminado.

A medula óssea é um material gelatinoso que fica no interior dos ossos. É lá que são produzidos, principalmente, os glóbulos brancos e vermelhos que transportam oxigênio e agem na defesa do organismo.

Para fazer a doação do material é preciso preencher um cadastro em qualquer hemocentro e coletar uma pequena quantidade de sangue. As chances de se encontrar voluntários compatíveis são de uma para cada 100 mil.

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