Apesar de abundante, a energia que vem do sol ainda é pouco aproveitada no Brasil para viabilizar alguns serviços como… banho quente. No Brasil, os chuveiros elétricos estão em 67% dos lares e são responsáveis pelo consumo de 8% de toda eletricidade produzida, segundo dados do livro do Instituto Vitae Civillis “Um Banho de Sol para o Brasil”, de Délcio Rodrigues e Roberto Matajs.
Apesar de altos, esses números contrastam com a capacidade que o território brasileiro teria de produzir energia a partir do sol: o potencial de geração é equivalente a 15 trilhões de MWh, o que corresponde a 50 mil vezes o consumo nacional de eletricidade.
O projeto Cidade Solares, parceria entre o Vitae Civilis e a DANASOL/ABRAVA*, foi criado para discutir, propor e acompanhar a tramitação e entrada em vigor de leis que incentivam ou obrigam o uso de sistemas solares de aquecimento de água nas cidades e estados.
Uma das atividades principais do projeto são os Seminários Cidades Solares, organizados em várias cidades em parceria com ONGs, empresas do setor elétrico e lideranças políticas. A ideia é debater e difundir conhecimento sobre o assunto, além de analisar as possibilidades de implantação de projetos nas cidades.
Ao ganhar o título de “Solar”, uma cidade pode servir de exemplo para outras, com a difusão do tema e das tecnologias na prática. No site, o projeto lista várias iniciativas de cidades que implantaram com sucesso sistemas solares, como Freiburg, na Alemanha, Graz, na Áustria, Portland, nos EUA e Oxford, na Inglaterra.
* DANASOL/ ABRAVA: Departamento Nacional de Aquecimento Solar da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação e Aquecimento.
O que fazer?O Cidades Solares apresenta algumas alternativas de ação para autoridades e cidadãos. Representantes políticos podem se dedicar à criação de projetos que torne obrigatória a instalação de aquecedores solares nas novas edificações do município, por exemplo. Como cidadão, o papel é exigir que os projetos sejam colocados em prática.
Você também pode se cadastrar no fórum de discussões no site do projeto, o que proporciona troca de conhecimento e experiências sobre o assunto.
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