Moradores reclamam dos prejuízos. Ladrões sacrificam os bichos, retiram a carne e depois fogem em veículos
Aquiraz- Os furtos constantes de animais em sítios e fazendas da localidade de Aroeiras, no Município de Aquiraz, a 25Km de Fortaleza, vem preocupando e gerando grandes prejuízos aos proprietários desses imóveis. De acordo com os moradores, os ladrões agem geralmente à noite, nas propriedades cercadas por estacas e arames, o que facilita a ação criminosa.
Eles cortam as cercas com alicates e levam bois, vacas, carneiros e ovelhas, amarrados por cordas. Os bichos são colocados em carros tipo pick up e carregados para estradas ou terrenos próximos às propriedades, onde são sacrificados logo em seguida. Os ladrões retiram a cabeça, a pele e as entranhas do animal e carregam somente a carcaça. Quando amanhece, os restos mortais dos bichos são encontrados por moradores ou pelos próprios donos.
José Laurimar Gadelha informa que os ladrões já invadiram seu sítio duas vezes, sendo a última no Carnaval deste ano. "Carregaram dois bois meus. Tive um prejuízo de quase R$ 2 mil. Os animais eram grandes e gordos", lamenta, dizendo que os bandidos agem rapidamente. "Alguns moradores já viram carros estacionados perto das fazendas e dos sítios, de madrugada. Mas, quando pensam em avisar a alguém, eles já têm fugido", complementa.
Para dificultar a ação dos ladrões, Laurimar Gadelha teve de murar seu sítio. Segundo ele, a maioria dos terrenos não é murada. São áreas extensas e, muitas vezes, os donos não têm dinheiro para comprar a quantidade necessária de tijolos. "O material é caro, só consegui fazer o serviço porque meu sítio é pequeno", afirma o criador.
Os proprietários acreditam que os bandidos vêm de regiões vizinhas, mas que são informados por pessoas da própria localidade de Aroeiras, considerando que, até mesmo nos terrenos mais afastados, há casos de furto de animais. Os ladrões levam, no mínimo, dois bichos por vez, segundo informam os moradores.
Problema antigo
Antes, os furtos não aconteciam com tanta frequência, mas, desde o ano passado, têm sido constantes, como explica Ademir Assunção. Ele informa que os primeiros casos foram registrados em Aroeiras há cerca de cinco anos. "Antes, os ladrões vinham, pegavam os animais e davam um tempo para voltarem ao mesmo local. Quando a gente já estava se esquecendo, eles voltavam e agiam novamente. Hoje em dia, vamos dormir e não sabemos se nossos bichos vão amanhecer vivos", destaca. Na opinião dele, o problema não é comunicado às autoridades porque é difícil de ser controlado, a não ser que todos os proprietários murem seus terrenos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário