Um encontro que durou aproximadamente 10 horas e que ainda não foi suficiente para esclarecer o que aconteceu na noite de 10 de novembro, quando o menino Lewdo Ricardo Coelho Severino, de nove anos, morreu vítima de envenenamento.
O subtenente do Exército Brasileiro (EB), Francilewdo Bezerra Severino, e a esposa Cristiane Renata Coelho Severino, estiveram, após 41 dias da morte do garoto, pela primeira vez frente a frente durante todo o dia de ontem, apresentando suas versões em acareação e na reconstituição do dia do crime.
O encontro do casal aconteceu no 16º DP (Dias Macêdo), e foi acompanhado pelo promotor público Humberto Ibiapina, pelo titular da unidade policial e presidente do inquérito, Wilder Brito Sobreira, e pelo diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), delegado Jairo Façanha Pequeno. O diretor do DPM, após todos os procedimentos, afirmou que ainda não é possível apontar quem seria responsável pela morte da criança.
"Ainda restam muitas dúvidas. Os depoimentos têm algumas contradições, dos dois lados. O encontro serviu para dirimir algumas coisas, e surgiram fatos novos, que ainda não tinham sido mencionados. Ainda é cedo para afirmar algo", disse. O titular do 16ºDP, em entrevista à TV Diário, repetiu o que disse Pequeno, também afirmando que observou contradições nos dois depoimentos tomados.
Reconstituição
Cristiane Renata saiu da acareação com os advogados pela porta dos fundos da Delegacia e não falou com a imprensa. Já o subtenente, deixou a unidade pela porta da frente e ressaltou que, no momento do crime, só estavam as quatro pessoas em casa, sendo ele, a mulher e os dois filhos. Após a acareação, o casal seguiu para a casa onde moravam, no Conjunto Napoleão Viana. A população lotava as calçadas. O carro com o advogado e Cristiane deu algumas voltas nas proximidades da residência, mas era vaiado e hostilizado. Eles só pararam o veículo quando o delegado Wilder Brito e o Comando Tático Motorizado (Cotam), do Batalhão de Choque (BPChoque), chegaram ao local e interditaram o perímetro da casa.
Em determinado momento da reconstituição, Francilewdo foi até a calçada e uma policial simulou estar desmaiando no lugar da esposa. De acordo com o delegado, Cristiane estava com receio de sair da casa e sofrer algum atentado por parte da população. Houve um acordo entre as partes e a mulher não precisou sair. Wilder Brito ressaltou que o fato da mulher não ter participado da reconstituição naquele momento em nada atrapalhou o trabalho da Polícia e que dentro ela participou de todos os atos e que foi uma decisão em conjunto, da defesa, acusação e peritos. "Trouxemos uma policial e um policial para substituir o casal", comentou Sobreira.
Perícia
Ainda serão realizadas algumas perícias para verificar marcas encontradas nas paredes. A mulher fala que bebeu vinho e a bebida foi comprada pelo subtenente. Segundo o presidente do inquérito ainda faltam alguns outros fatores que só serão esclarecidos após o resultado dos laudos e de perícias técnicas.
FONTE:DN
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