A multimilionária Gigi Jordan foi condenada nesta quinta-feira (28) por matar seu filho de 8 anos ao forçá-lo com uma seringa a engolir um coquetel tóxico de analgésicos e outras drogas em um quarto de um hotel de luxo em Manhattan, Nova York. A sentença determina 18 anos de prisão.
Jordan havia sido acusada em setembro do ano passado. O caso aconteceu em julho de 2010. Jordan e seu filho, Jude Mirra, foram encontrados em uma suíte de hotel de US$ 2.300 a diária. O menino estava morto por overdose e Jordan estava com mais de 5.800 comprimidos espalhados.
O menino foi primeiramente considerado autista, mas depois recebeu diagnóstico de anormalidades no sistema imune, transtorno de estresse pós-traumático e outros problemas, de acordo com os documentos judiciais da acusada.
O juiz Charles Solomon, da Suprema Corte Estadual em Manhattan, proferiu uma sentença que ficou perto da pena máxima de 25 anos de prisão sob as leis de Nova York, dizendo que ficou admirado com a falta de remorso da mãe.
"É muito difícil para mim entender a ré", disse Solomon. "Eu certamente pensei que ouviria a ré expressar remorso sobre o que ela fez, algo assim."
Em comunicado de 30 minutos lido ao tribunal, Gigi pediu clemência e novamente disse que agiu no melhor interesse do filho.
"Eu amo Jude mais do que qualquer coisa neste mundo", disse a ex-executiva de produtos farmacêuticos e milionária no comunicado. "Acredito que ele viveu e morreu em agonia inacreditável."
Em uma audiência do julgamento, no ano passado, Gigi Jordan foi descrita pelos promotores como uma assassina calma e calculista, que envenenou seu filho único e, em seguida, quando o menino já estava morto, transferiu dinheiro de seu fundo.
Em uma audiência do julgamento, no ano passado, Gigi Jordan foi descrita pelos promotores como uma assassina calma e calculista, que envenenou seu filho único e, em seguida, quando o menino já estava morto, transferiu dinheiro de seu fundo.
Sua defesa disse que a empresária do ramo farmacêutico foi tomada pelo medo e desespero ao matar seu filho e tentar se matar. Com um menino com uma condição médica misteriosa, a mãe, que percorria o país por tratamento para ele, sentiu que sua segurança estava sob risco e encontrou o assassinato e suicídio como únicas soluções, disse o advogado de defesa Allan Brenner.
Suposto abuso sexual
Ainda segundo sua defesa, Jordan acreditou que sua vida estava em risco por causa de um conflito financeiro, e que, sem ela, seu filho estaria vulnerável a um homem que ela diz que abusava dele. Nenhuma acusação de abuso foi registrada.
Ainda segundo sua defesa, Jordan acreditou que sua vida estava em risco por causa de um conflito financeiro, e que, sem ela, seu filho estaria vulnerável a um homem que ela diz que abusava dele. Nenhuma acusação de abuso foi registrada.
Jordan fez um patrimônio estimado em US$ 40 milhões com empresas farmacêuticas. Mas ela deixou a carreira para tomar conta do menino que batia sua cabeça constantemente contra o chão, que não podia falar e que se contorcia de dor, de acordo com seus documentos judiciais.
No final de 2006, segundo sua defesa, Jude contou para sua mãe – com gestos, poucas palavras e depois, com “comunicação facilitada” em um computador – que ele tinha sido torturado e sofrido abuso sexual.
Segundo o advogado de Jordan, várias autoridades rejeitaram seus pedidos de investigação. Com o tempo, Jordan começou a receber ameaças e se convenceu de que um de seus ex-maridos queria que ela morresse para silenciar negócios escusos, dizem seus advogados. O ex-marido negou todas as acusações e entrou com um processo de difamação contra ela.