Morreu ontem, aos 91 anos, o empresário Jaime Tomaz de Aquino, fundador e diretor-presidente Companhia Industrial de Óleos do Nordeste (Cione). O empresário estava internado no hospital Monte klinikum e faleceu em decorrência de falência múltipla dos órgãos. Ele estava com infecções que evoluíram para uma pneumonia
O velório está marcado para às 7h, na fábrica da Cione na Av. Mister Hull, 5881. O enterro está previsto para sábado, às 15h, em Pereiro, já que seus pais estão enterrados lá. As informações são do advogado da família, Max Dantas.
Para o deputado estadual, Carlos Matos (PSDB), Jaime é um ícone cearense do agronegócio. “Ele soube combinar a capacidade de produzir e industrializar. Fez isso com maestria enorme sempre. Usou a tecnologia e paixão para se destacar no negócio. Criou alternativas para aplicação do caju, mas sem perder a expressão no segmento”, declarou.
O presidente do Sindicato dos Produtores de Caju do Ceará, Paulo de Tarso Meyer, lamentou a morte do amigo de mais de 30 anos, além de colega de atividade agroindustrial. “Eu aprendi muito com ele. Quem mais entendia de cajueiro no Ceará era ele. Estávamos sempre conversando”.
Jaguaribano
Jaime nasceu em 26 de março de 1924, em Jaguaribe. Aos 15 anos, órfão, ficou sob os cuidados de Dom José Terceiro de Sousa, então vigário de Pereiro. Estudou na Escola Apostólica dos Jesuítas em Baturité. Ingressou para o Exército, até ser licenciado como ex-combatente da 10º GAT - 75 MM.
Foi caminhoneiro, período no qual descobriu que levar castanhas de caju do Ceará para São Paulo seria um bom negócio. Começou a vender sacas de castanha nas confeitarias e fábricas de chocolates. Depois, instalou uma indústria de beneficiamento de castanha de caju. Fundou a Cione em 1962, empresa que chegou a atingir o faturamento anual de US$ 16 milhões.
Em 2006, Jaime passou por um sequestro. Ele ficou cinco dias nas mãos dos sequestradores. Foi libertado após pagamento de resgate, cujo valor nunca fora informado.
Fonte; O Povo
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