Do G1, em São Paulo
Coach listou quais as principais gafes cometidas por candidatos.
Entre os erros estão atrasos, falta de educação e arrogância.
Quem pensa que ter um bom currículo, recomendações impecáveis e apresentação pessoal adequada são suficientes para se dar bem em um processo seletivo está enganado, pois a entrevista de emprego é que pode decidir se o candidato continuará no páreo.
Em tempos de mercado de trabalho encolhendo, o candidato deve ter jogo de cintura e conhecimentos necessários para responder as perguntas do recrutador adequadamente, sem cometer gafes, de acordo com Madalena Feliciano, diretora de projetos da empresa Outliers Careers.
A coach mostra abaixo as 7 posturas inadequadas mais frequentes durante entrevistas de emprego e que devem ser evitadas a todo custo.
Desrespeitar o horário marcado com o entrevistador e não se importar com essa gafe já adiciona muitos pontos negativos na avaliação do candidato.
"Pequenos atrasos, principalmente quando avisados previamente e justificáveis, são aceitáveis em cidades em que o trânsito complica muito a vida de alguém, como São Paulo. Porém, se o candidato não é humilde o suficiente para pedir desculpas, eles podem se tornar imperdoáveis", afirma Madalena.
Falar mal do emprego anterior pode levar alguém a desperdiçar uma nova oportunidade de emprego.
"Por mais que você não tenha sido feliz com seu chefe ou antigas funções, é importante não comentar sobre isso durante a entrevista, pois, para o avaliador, pode passar a impressão de que o candidato é ingrato, e pior, poderá fazer isso com qualquer outra empresa", explica.
Ter um discurso impreciso e contradizer o que está em seu currículo são sinais óbvios de despreparo por parte do candidato, segundo a coach.
"Se o entrevistado mostrar ser vago ou incoerente durante a entrevista, ou ele não domina sua própria história profissional ou está mentindo, e, em ambas as hipóteses, a imagem do candidato não fica boa perante o entrevistador", diz.
Claro, ter autoconfiança e saber valorizar seus feitos profissionais e pessoais é muito importante, mas indicar que tudo isso aconteceu graças a você pode ser um problema.
Além de soar arrogante, a pessoa demonstra, dessa maneira, que desconhece ou subestima a importância do trabalho em equipe, algo muito valorizado atualmente.
Apesar de ser comum, não é regra que todos os recrutadores perguntem qual a remuneração pretendida pelo candidato. Por isso, se esse for o caso, dizer qualquer valor pode não ser uma boa ideia.
Madalena observa que o candidato precisa mostrar qual raciocínio o levou a pedir tal valor, e precisa saber justificá-lo da maneira correta perante o entrevistado.
Não perguntar nada pode indicar falta de curiosidade e interesse pela vaga e pela empresa, de acordo com a coach.
Por outro lado, perguntar coisas desnecessárias, como qual carro ele ganharia se conseguisse a vaga, devem ser esquecidas.
Ligar demasiadamente e mandar muitos e-mails para o recrutador cobrando a resposta sobre a vaga pode aborrecê-lo, fazendo-o até mesmo mudar de ideia.
"Isso transmite ansiedade e insegurança e, por isso, o melhor a se fazer é perguntar ao recrutador qual é o prazo para a conclusão do processo seletivo e esperar até a data”, finaliza.
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