JULHO 2009
O Sr. Sebastião de Abreu era o Engenheiro responsável e a construção foi iniciada em 1951. Sua inauguração ocorreu no dia 14 de janeiro de 1957 com a presença do então Presidente da República Juscelino Kubitschek e demais autoridades. Tinha como nome “Açude Pentecostes”, mas em 1966 passou a ser chamado de “Açude Público Pereira de Miranda”, em homenagem ao Chefe do 1º Distrito do DNOCS.
Destaca-se entre os seis maiores Açudes do Estado do Ceará. No início da década de 1970, houve um forte inverno e o nível da água ficou a poucos centímetros de transbordar pela Barragem. Pentecoste ficou em pânico, pois tinha um grande risco da Represa romper e inundar a cidade. Muitas pessoas se refugiaram no Alto do Cruzeiro (Parte mais elevada da cidade). O DNOCS, tomando as devidas providências, cogitou cobrir toda a Barragem com lonas extensas, a fim de evitar danos. Somente com a ampliação do Sangradouro o escoamento maior da água tornou-se possível e o problema foi solucionado.
No inicio da década de 1980, caiu no nosso Açude um pequeno Avião T-25 Universal de treinamento da Aeronáutica, conduzido pelo Tenente Aviador Rolim, que faleceu no impacto, e o seu companheiro de voo Clodoaldo, que foi socorrido por um pescador de pseudônimo Pinguim. Os destroços do avião foram retirados um ano após o incidente.
Em 2009, houve outro forte inverno. O Açude não teve risco de romper, mas o escoamento da água foi tão grande que muitas localidades ficaram alagadas. As chuvas intensas deixaram parte da ponte do Sangradouro do Açude da Serrota destruída, inclusive levando na correnteza um caminhão caçamba. Tivemos também o rompimento de um trecho da estrada que liga Pentecoste a Croatá, próxima a Fazenda Mastruz com Leite. Nesse período, muitas estradas rurais ficaram totalmente impossibilitadas de trafegar veículo. Literalmente nossa cidade ficou ilhada.
Mais sobre o Pereirão.
Localizado em Pentecoste, o açude Pereira de Miranda é considerado o terceiro maior do Estado do Ceará. Contruído entre os anos de 1950 e 1957 pelo DNOCS tem uma bacia hidrográfica que cobre uma área de 2.840 Km² foi inaugurado pelo o presidente Juscelino Kubitschek.
O açude tem por finalidade o controle do rio Canindé, com a regularização do rio Curu. Possui uma grande importância econômica, pois, boa parte da população vive da pescaria e da travessia do açude. Infelizmente, o açude passa por alguns problemas: além de estar muito seco, encontra-se poluído, segundo os jovens moradores de Pentecoste algumas redes de esgoto escoam água sem tratamento para dentro do açude.
ABRIL 2009
Para além das questões sociais e econômicas, o açude mexe com o imaginário da população, pois existem muitas lendas envolvendo o local. Algumas são engraçadas, como a lenda da “Noiva”: existia uma moça que morava na zona rural e tinha um sonho de casar.
Enfim, o grande dia chegou, ela toda vestida de noiva teria que fazer a travessia do açude para chegar à cidade, no entanto, na metade do caminho, além do nervosismo, sentiu uma dor de barriga e teve que parar em uma pequena ilha. Não havendo tempo de tirar o vestido, ela acabou sujando todo ele e casando toda suja.
Dizem que depois desse fato, quem vai casar e passa pela “Ilha da Noiva” poderá ter o mesmo destino triste.Outra lenda bastante conhecida em Pentecoste é a da “Cobra”: dizem que ela apareceu durante a construção do açude, contudo nunca ninguém conseguiu matá-la e ela vive lá até hoje, assombrando pescadores e impedindo que eles atravessem o açude, tentando virar os barcos com sua cabeça.
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