O jornalista cearense Neno Cavalcante morreu, aos 61 anos, na tarde deste domingo, 14, em Fortaleza. O velório aconteceu na funerária Ethernus, na Aldeota.
Neno foi encontrado morto por volta das 17 horas, em seu apartamento na Praia de Iracema. Os amigos e familiares acreditam que a provável causa da morte foi um infarto fulminante, no início da tarde.
José Nairton Quezado tinha 39 anos de jornalismo e era colunista do jornal Diário do Nordeste, onde também trabalhou com televisão apresentando o programa "TeveNeno", entre 1999 e 2013. Antes, o programa era apresentado na TV Manchete.
O advogado Paulo Quezado, primo de Neno, destacou o profissionalismo do jornalista. "Era um jornalista independente, sincero e que tinha muita coragem de viver”, disse.
Professor da Universidade Federal do Ceará, Tadeu Feitosa lembrou a integridade de Neno. "Uma pessoa de muito caráter, um professor do jornalismo. É uma grande perda nesse momento de crise do jornalismo brasileiro", afirma.
Nilton de Almeida, vice-presidente da Associação Cearense de Imprensa, homenageou o amigo de profissão. "Quantas histórias juntos, Neno, quantas lutas travamos, quantas pressões suportamos, quantas desesperanças transformamos em experiências que nos fizeram aprender a ser jornalistas com todas as dificuldades de um Ceará árido. Mas tudo valeu a pena porque, cultivamos, com Ronaldo Salgado, Agostinho Gósson, Dedé de Castro e tantos outros amigos, a alegria de viver com afeto e solidariedade que nos uniram por mais de três décadas", escreveu.
Para a jornalista Ana Quezado, que trabalhou 21 anos na TV Verdes Mares e também era prima de Neno, fica na memória a lembrança dele de bom humor e independência. "A gente se encontrava no almoço e sempre brincava. Como jornalista, era um profissional completamente livre para falar do que queria, da forma como gostava. Criou bordões como 'É o novo!', que era a cara dele. Era essa pessoa que não tinha vínculo com nada a não ser com a informação", completa.
Neno era o caçula dentre nove irmãos de uma família de Aurora, no interior do Ceará. O irmão mais velho é o também colunista Lúcio Brasileiro. Ele deixa duas filhas e três netos.
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