O casal de funcionários da vítima está preso na DHPP.
As escavações para retirada do corpo do advogado Aldrin Helanio Coelho Fonteles, de 47 anos, que está dentro de uma cacimba cimentada, localizada nas proximidades da Estrada do Iguape, em Aquiraz, continuaram na manhã neste sábado, 18.
Na última sexta-feira a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) obteve uma retroescavadeira para realização do procedimento. O corpo do advogado foi colocado na cacimba e em seguida os suspeitos do crime cimentaram o local, o que dificulta a retirada do corpo.
Os caseiros Maria Ivone Nascimento Menezes, 38, e Antônio Rodrigo de Sousa, 34, estão na sede da DHPP. O delegado Leonardo Barreto realizaria a autuação em flagrante pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver e fraude processual.
A DHPP acompanha a ação, além do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Perícia Forense. O advogado e empresário do ramo de construção e produtos para animais estava desaparecido desde a quarta-feira, 15. O caseiro do sítio de propriedade de Aldrin e a esposa do caseiro foram presos.
Uma funcionária do advogado Aldrin Helanio Coelho Fonteles, de 47 anos, disse que após o crime o caseiro permaneceu na residência e dizia estar preocupado com o sumiço do patrão. A testemunha também ressaltou que os dois já haviam se desentendido anteriormente. O caseiro e a esposa foram presos.
De acordo com a testemunha, o caseiro foi até a loja de material de construção de propriedade do advogado, na última quinta-feira, 17, e pediu um saco de cimento e um detergente que é utilizado para retirar manchas. No momento a testemunha foi quem atendeu o caseiro. A testemunha ainda ressaltou que o caseiro viajaria, mas que não foi possível devido a chegada da Polícia.
"Ele mandou eu me apressar para dar o cimento e o detergente, pois estava com o dedo cortado e estava sujo de sangue, com o olho inchado e o braço ralado, saiu depressa", explica. Segundo a mulher o caseiro aparentava preocupação e perguntava "rapaz, cadê o chefe?".
"Eles (caseiro e esposa) foram lá na loja e conversaram foi muito com a gente. E disse que o chefe saiu em uma bebedeira com um povo em um carro", relatou.
Para a funcionária, a história era estranha, pois não era costume do advogado sair em bebedeira com amigos. Ele não tinha filhos e namorava uma mulher de Fortaleza, que viajava para Aquiraz e permanecia no sítio.
Ciúmes
Em depoimento à Polícia, ainda na sexta-feira, 17, segundo o titular do Departamento de Inteligência da Polícia Civil, delegado Renê Andrade e o diretor da DivisãO de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a discussão entre o caseiro e o advogado começou após o advogado levantar uma questão de ciúmes em relação a namorada e o caseiro.
O caseiro teria ressaltado, no depoimento, que não havia nada entre ele e a namorada do advogado, mas que a discussão foi motivada por ciúme. Essa versão, segundo a funcionária que testemunhou a compra do cimento, é infundada, pois nunca existiu essa questão de ciúme, mas as agressões entre o caseiro e o advogado já eram reincidentes e quando os dois ingeriam bebida alcoólicas entravam em discussão.
Na ocasião, o delegado Leonardo Barreto informou que as investigações apenas começaram e que será investigado pela Delegacia Especializada a motivação do crime.
Retirada do corpo
Como a cacimba em que o corpo do advogado foi cimentada, a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) providenciou uma retroescavadeira, que chegou na última sexta-feira, 17. Na manhã deste sábado, 18, os trabalhos foram reiniciados no intuito de retirar o corpo da vítima.
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