Osmar Baquit é acusado pelo MP estadual de envolvimento nos ataques às emissoras da terra quixadaense
O Ministério Público cearense denunciou o deputado estadual Osmar Baquit (PSD) e mais quatro pessoas como responsáveis pelos atentados contra emissoras de rádio e repetidora de TV, no Município de Quixadá, na primeira quinzena do mês de março. A denúncia, contra o deputado, foi feita na última quarta-feira ao Tribunal de Justiça do Ceará, em razão de ele só poder ser processado, pela Justiça Cearense, naquela Corte.
Deputado nega qualquer envolvimento com os atentados de março, na sua terra, que motivou amplo noticiário nos meios de comunicação FOTO: JOSÉ LEOMAR.
Ontem, o deputado dizia não saber de absolutamente nada em relação a tal denúncia, nem tampouco esperava que isso acontecesse em razão de não ter envolvimento com os crimes cometidos contra as rádios Monólitos AM e Liderança FM, além dos transmissores de repetição da TV Cidade, nos dias 10 e 11 de março. Quatro pessoas chegaram a ser presas na ocasião.
Não são conhecidos todos os termos da denúncia contra o deputado. O Ministério Público não divulgou nada sobre o caso, contrariamente ao que sempre faz em todas as suas ações com envolvimento de políticos. O deputado disse ao Diário do Nordeste, à noite passada, só ter condições de buscar alguma informação durante o dia de hoje, pois havia sido tomado de surpresa com a informação, confirmada por um advogado amigo.
Repercussão
Os atentados contra aquelas emissoras do Município de Quixadá alcançaram grande repercussão. Este jornal, no dia 13 de março fez um relato de todos os acontecimentos. No dia 25 de abril a nossa Redação Web noticiou a prisão de Arcleison de Sousa Horácio, Marcos Martins Pereira e Eberson Emídio, todos homicidas, e ainda Wagner Bezerra Rodrigues, correligionário do deputado Osmar Baquit, que continua preso em Quixadá.
As reações naquele Município e fora dele motivaram a intervenção direta do secretário de Segurança Pública, Francisco Bezerra, que esteve pessoalmente naquele Município acompanhado de auxiliares, para dar celeridade as investigações. O presidente da Associação Cearense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acerte), jornalista Edilmar Norões, também exigiu uma rápida investigação.
Segundo uma nota da Acert, "as ações de extrema violência, provavelmente praticadas com o propósito de silenciar as emissoras de rádio daquela região, que desempenham a nobre e democrática missão de informar a comunidade dos fatos que dizem respeito aos seus cotidianos, geraram um clima de insegurança entre os moradores da cidade e de pânico entre os dirigentes e radialistas".
Fonte: DN
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