Em entrevista concedida ao vivo nesta segunda-feira (5) ao jornal Bom dia Brasil da Rede Globo, o novo ministro da educação,Cid Gomes, comentou sobre algumas das medidas que devem ser tomadas pelo MECdurante os próximos quatro anos do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. As principais afirmações de Cid levaram em conta, mais uma vez, a avaliação dos professores brasileiros, a reforma curricular no ensino médio e os desafios a serem enfrentados para a melhoria da educação no país. Em um dos momentos, falando sobre o problema da remuneração no magistério, Cid afirmou: "Sou comprometido com a melhoria do salário dos professores".
Questionado sobre novos programas para avaliação dos magistrados, Cid informou que esse tipo de ação ocorre por opção própria do professor e cabe ao governo incentivar para que isso aconteça. "Nada será imposto", afirmou. Para isso, ele defendeu que o processo de avaliação deve ser realizado anualmente e não mais de dois em dois anos, como acontece até o momento. Porém, Cid não comentou sobre o que deve ser feito em relação ao assunto.
"Eu sigo orientações. Todas as missões que tive até hoje eu era o chefe do Executivo. Agora eu sou um auxiliar da presidente Dilma", afirmou reiterando que algumas das principais medidas a serem tomadas em relação à sua pasta são pedidos da própria presidente.
Outro assunto também comentado pelo ministro foi o novo piso salarial dos professores, atualmente em R$ 1.697, que será anunciado nesta quarta-feira (7). Segundo Cid, será necessária uma conversa com os estados para garantir que o piso seja, de fato, cumprido. Para ele, o Brasil ainda precisa avançar muito na questão da remuneração da classe.
Sobre declaração dada em 2011, na qual disse que "professor tem que trabalhar por amor, e não por dinheiro", Cid afirmou que é comprometido com a melhoria do salário da classe. "O que eu disse é que remuneração é fundamental, mas é principio básico, é pre-requisito para atuar em todas as áreas públicas que se tenha vocação", afirmou.
Outro pronto que deve ser um dos focos de Cid Gomes no comando do Ministério da Educação é a revisão curricular do ensino médio. Para ele, devem ser propostas alternativas de currículos diferenciados, como por exemplo disciplinas que sejam base do currículo e outras que possam ser opcionais, ressaltando a vocação ou gosto de cada estudante. O desafio de facilitar o acesso ao ensino médio, setor da educação que tem dado os piores resultados no país, também deverá ser uma das preocupações constantes, mas Cid afirma que "para que uma modalidade de ensino funcione bem, a outra tem que ter cumprido a sua parte. Isso começa desde a creche, passa pela pré-escola, vai pelo Ensino Fundamental".
Como já havia falado em seu discurso de posse no Ministério, Cid Gomes prometeu a oferta de 12 milhões de vagas no Pronatec, maior acesso e criação de novas escolas de tempo integral e atenção à alfabetização do país, através do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.
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