Segundo Itagiba Franco, cantor estava com problemas coronários.
O delegado Itagiba Vieira, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou na noite desta quinta-feira (4) que o estado de saúde do cantor Alexandre Magno Abrão, conhecido como Chorão, estava “bastante comprometido”. O resultado do laudo necroscópico, publicado em primeira mão pelo G1, indica que o vocalista da banda Charlie Brown Jr. foi vítima de uma overdose de cocaína. O corpo do cantor foi encontrado em 6 de março no seu apartamento na Zona Oeste da capital paulista.
O laudo considera resultados do exame toxicológico número 5054/2013 do Instituto Médico-Legal (IML) feito no corpo de Chorão. O exame toxicológico apontou que o corpo apresentava 4,714 microgramas da droga por mililitro de sangue. Segundo os peritos, foi possível concluir, a partir dos testes, que a causa da morte foi "intoxicação exógena devido à cocainemia".
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"Seria bastante excessivo até para uma pessoa normal. Como o estado dele já estava bastante comprometido, isso para ele foi fatal", acrescentou Itagiba. O delegado afirmou que Chorão "já estava com problemas coronários, coração dilatado e também com o cérebro bastante comprometido".
Agora, a Polícia Civil aguarda outro laudo, o toxicológico. "Esse laudo é o necroscópico, causa da morte. Posteriormente vai sair o toxicológico, que pode demorar mais um pouco em razão de todos os exames a serem feitos."
Segundo o delegado, esse exame pode mostrar a ingestão de outras substâncias. "No toxicológico pode vir a ingestão de remédio, álcool, qualquer tipo de coisa nesse sentido." O policial acrescentou que ainda aguarda o laudo sobre o pó branco encontrado no apartamento.
Itagiba descartou ouvir novamente parentes do cantor. "Já encerramos essa parte de testemunhas e familiares. O laudo veio a confirmar que a ingestão de alguma coisa havia que havia provocado sua morte. Só não sabíamos o estado de saúde em que se encontrava."
Hipótese
O psiquiatra Thiago Fidalgo, coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), explicou que o excesso da droga pode ter causado um infarto ou um acidente vascular cerebral. “[A cocaína gera] muita adrenalina, gera aumento da pressão, aumento da frequência cardíaca e respiratória, sobrecarga cardíaca e, com isso, tem menos sangue chegando no coração e no cérebro”, explicou o especialista.
O psiquiatra Thiago Fidalgo, coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), explicou que o excesso da droga pode ter causado um infarto ou um acidente vascular cerebral. “[A cocaína gera] muita adrenalina, gera aumento da pressão, aumento da frequência cardíaca e respiratória, sobrecarga cardíaca e, com isso, tem menos sangue chegando no coração e no cérebro”, explicou o especialista.
De acordo com o especialista, pela idade deChorão, a hipótese mais plausível é a de ataque cardíaco. “Se tivesse mais de 50 anos, provavelmente seria um AVC isquêmico”, acrescentou o psiquiatra.
Overdose era uma hipótese considerada pelo DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa). O corpo do artista foi achado caído por um segurança e um motorista dele, no imóvel que mantinha em Pinheiros. Peritos também encontraram pó branco e caixas de medicamentos e bebidas espalhadas no local, que estava parcialmente destruído.
FONTE: G1
FONTE: G1
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