O Oex-goleiro do Santos e filho de Pelé, Edson Cholbi Nascimento, o Edinho, foi transferido, no início da tarde desta sexta-feira (11), para o Centro de Detenção Provisória de São Vicente, no litoral de São Paulo. O advogado Eugênio Malavasi entrou com um pedido para tentar a revogação da prisão do ex-atleta, mas, por enquanto, não recebeu uma resposta da Justiça.
A não apresentação do passaporte à Justiça causou a prisão de Edinho na terça-feira (8), em Santos. Há pouco mais de um mês, Edinho foi condenado a 33 anos de prisão por crime de lavagem de dinheiro e associação ao tráfico de drogas. O acusado recorria da condenação em liberdade, porém, um mandado de prisão foi cumprido pela Polícia Civil.
Malavasi afirma que aguarda uma decisão ainda na tarde desta sexta. Caso não haja a revogação do pedido de prisão, ele entrará com pedido de habeas corpus. “Ele está tranquilo, porém aflito, porque, na verdade, ele não tem mais o passaporte. A Justiça determinou a entrega do documento, mas o documento não mais existe. Essa inexistência está comprovada por meio de uma certidão expedida pelo setor de migração da Polícia Federal. Eu despachei o pedido, a juíza determinou que o Ministério Público se manifeste, os autos já estão no Ministério Público para a manifestação, e a juíza vai decidir se solta ou se mantém. Se a Justiça determinar a prisão preventiva, vou tentar um habeas corpus”, diz.
Família está revoltada com prisão
Kelly Nascimento, irmã do ex-goleiro, afirmou que o irmão só está preso por ser filho do 'Rei do Futebol'. Ela não acredita no envolvimento de Edinho em um esquema de lavagem de dinheiro. De acordo com Kelly, até o momento não foi provado o envolvimento do irmão na lavagem de dinheiro organizada, supostamente, por Ronaldo Duarte Barsotti, conhecido como 'Naldinho'. “Eu não sei o motivo de falarem que ele lavou dinheiro. Eu sei que isso existe, mas ninguém consegue me explicar. Tudo o que falam é sempre de um jeito que ninguém consegue entender. Assim é muito conveniente. Ele só foi preso porque é o filho do Pelé”, diz.
De acordo com as investigações, "Naldinho" era o líder da organização criminosa, que mantinha sua base em Santos e tinha ligação com uma facção criminosa do Rio de Janeiro. Além dos réus condenados, outras pessoas integram o grupo, descoberto pelo Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) por meio da Operação Indra, em junho de 2005.Outros quatro condenados
Além do filho de Pelé, Clóvis Ribeiro, o "Nai"; Maurício Louzada Ghelardi, o "Soldado"; Nicolau Aun Júnior, o "Véio"; e Ronaldo Duarte Barsotti, o "Naldinho", foram condenados pelo mesmo crime.
O caso
Edinho foi preso com outras 17 pessoas pela Operação Indra em junho de 2005, realizada pelo Denarc (Departamento de Investigações sobre Narcóticos), acusado de ligação com organização de tráfico de drogas comandada por Naldinho, Ronaldo Duarte Barsotti, na Baixada Santista. Após seis meses em prisão provisória, foi solto com liminar em habeas corpus concedida pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Em janeiro de 2006, teve a prisão decretada com o aditamento da denúncia, que passou a incluir o crime de lavagem de dinheiro. Mas obteve o direito de permanecer em liberdade graças a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
FONTE:g1
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